Justiça

Lira defende inviolabilidade da Câmara enquanto Silveira descumpre ordem judicial

Em nota, presidente da Casa ainda pede celeridade ao STF. Deputado descumpre ordem judicial determinada por Alexandre de Moraes, do STF, e avisou que só se pronunciará em plenário

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em nota à imprensa nesta quarta-feira (30/3) que decisões judiciais devem ser cumpridas “assim como a inviolabilidade da Casa do Povo deve ser preservada”. Ainda no texto, o deputado pede celeridade quanto à análise dos pedidos do deputado Daniel Silveira (União-RJ) na Suprema Corte.

“Condeno o uso midiático das dependências da Câmara, mas sou guardião da sua inviolabilidade. Não vamos cair na armadilha de tensionar o debate para dar palanque aos que buscam holofote. Seria desejável que o Plenário do STF examinasse esses pedidos o mais rápido possível, e que a Justiça siga a partir dessa decisão final da nossa Corte Suprema”, disse Lira.

As pontuações do presidente vão na esteira da notícia de que Silveira passou a madrugada em seu gabinete para não cumprir a decisão judicial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de utilizar a tornozeleira eletrônica. Segundo informações, Silveira chegou com um travesseiro nesta madrugada em seu gabinete e não saiu desde então.

De acordo com o deputado Luiz Lima (PL-RJ), Silveira se defenderá ainda hoje, no plenário da Câmara, às 13h55. O deputado chegou a levar um colchão para o gabinete do colega. Silveira é réu no inquérito dos atos antidemocráticos, que investiga a ameaça contra as instituições. Ele também ameaçou em vídeo o ministro Edson Facchin.

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