Petrobras

Lira defende privatização da Petrobras: "Não produz desenvolvimento"

Presidente da Câmara comentou a respeito da desistência de Adriano Pires, indicado para o cargo de CEO da estatal e teceu críticas ao compliance da empresa

Taísa Medeiros
postado em 05/04/2022 18:44 / atualizado em 05/04/2022 20:54
 (crédito: Nilson Bastian /Câmara dos Deputados)
(crédito: Nilson Bastian /Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou na tarde desta terça-feira (5/4) a respeito do imbróglio envolvendo o indicado para o comando da Petrobras, Adriano Pires, que desistiu de ocupar o cargo. Para Lira, o Congresso deve debater a possibilidade de mudar tópicos da Lei das Estatais, “inclusive tratando claramente da privatização” da empresa.

“A quem serve a Petrobras? Não dá satisfação a ninguém, não produz riqueza, não produz desenvolvimento, a gente tem um preço de petróleo que é internacionalizado. O petróleo é uma commodity que a gente produz e que tem a referência no preço internacional, porque é bom para os investidores, é bom para quem é acionista. É uma empresa estatal, se não tem nenhum benefício para o estado, nem para o povo brasileiro, que vive reclamando todo dia do preço dos combustíveis, que seja privatizada e que a gente trate isso com seriedade necessária”, afirma.

Além disso, o presidente da Câmara criticou o setor de compliance, que inviabilizaria qualquer pessoa do ramo a atuar como presidente da estatal e de agir "com sabedoria e firmeza na gestão desse processo".

“O compliance, como colocado hoje, você fica sujeito a qualquer conflito de interesse, e a gente precisa deixar de ter essa demagogia pura no Brasil. É muito fácil, você vai falar o que do Luna? Que é um homem ruim? Não. Que é um homem desonesto? Não. É um homem correto? É. Entende de petróleo e gás? Como foi a audiência pública dele aqui na Câmara? Foi pífia. Não entende de petróleo e gás. O contexto, ali embaixo das corporações, controla quem não entende. Quando há oportunidade do Brasil de ter uma pessoa que entende do assunto [...] você fica impedido de estar o tempo todo, com essas questões que ao meu ver são complicadas erradas, você pré-julgar uma pessoa”, diz.

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