Conhecido por sua defesa dos direitos humanos, o padre Júlio Lancelloti usou as redes sociais para denunciar o considerou um ataque à liberdade religiosa, ocorrido na última sexta-feira (15/4). De acordo com o religioso, em plena Sexta-Feira Santa, data católica na qual se lembra a Paixão de Jesus Cristo, policiais militares interromperam a realização da Via-Sacra no centro de São Paulo e exigiram documentos de identificação aos participantes.
O tema foi motivo de manifestação entre os parlamentares de esquerda. A deputada federal Sâmia Bonfim (PSol) defendeu a liberdade religiosa.
Toda minha solidariedade ao @pejulio que mais uma vez foi intimidado pela PM, dessa vez enquanto realizava a via sacra com o povo da rua. Para a motociata do genocida dão dinheiro público, fecham estradas e estendem tapete vermelho.
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) April 16, 2022
O deputado federal petista Carlos Zarattinni seguiu a mesma linha.
Toda solidariedade ao @pejulio que passou ontem pelo constrangimento de mais uma vez ser intimado pela PM. Dessa vez ele realizava uma via sacra, um dos eventos religiosos mais tradicionais do Brasil, com o povo da rua.
— Carlos Zarattini (@CarlosZarattini) April 16, 2022
Na postagem compartilhada pelo Instagram, o padre Júlio escreveu, em tom crítico: "PM quer saber o que é Via-Sacra do povo de rua!":
A PM de São Paulo se manifestou por meio de nota: "A Polícia Militar acompanhou manifestação realizada nesta sexta-feira (15) que se deslocaram pelas principais vias do centro até à Secretaria da Segurança Pública (SSP) e posteriormente à Catedral da Sé, onde era realizado um teatro ao ar livre comemorativo a Semana Santa, seguido da celebração de uma missa. O ato reivindicatório por justiça e moradia aos cidadãos em situação de rua transcorreu de forma pacífica e não houve interdição das vias. Após o evento, os participantes se dispersaram."
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