STF

Sem comprovante de vacina, advogado de Daniel Silveira atrasa julgamento

Para acessar as dependências do Supremo Tribunal Federal (STF) é obrigatório apresentar documento que comprove imunização contra a covid-19. Fux determinou teste negativo para iniciar o julgamento

Luana Patriolino
postado em 20/04/2022 16:05 / atualizado em 20/04/2022 16:06
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.PRESS)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)

O julgamento que analisa uma ação contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) começou com mais de uma hora de atraso, nesta quarta-feira (20/4), porque o advogado do parlamentar se recusou a apresentar o comprovante de vacina contra a covid-19. Com a situação, o presidente da Corte, Luiz Fux, determinou que fosse aplicado um teste do tipo PCR, e noticiou o caso à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"O advogado que representa o indiciado se recusou a apresentar um teste para comprovar o uso da vacina. Foi disponibilizado um link para participação de sua excelência. Às 15h, o advogado aceitou passar por teste de covid. O resultado foi negativo, após isso, ocorreu atraso. Foi noticiada o caso à Ordem dos Advogados do Brasil para que analise a conduta do advogado", disse Fux ao iniciar a sessão.

Daniel Silveira e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também tentaram acompanhar o julgamento no plenário no STF. No entanto, Fux não permitiu que a sessão fosse aberta ao público. Somente os advogados que vão fazer sustentação oral, procuradores e os magistrados podem acessar o plenário. Diante da negativa, eles retornaram ao Congresso.

O parlamentar é réu por estimular atos antidemocráticos e ameaçar as instituições. A expectativa é que o parlamentar seja condenado com pelo menos nove votos dos magistrados e se torne inelegível.

Pouco antes do julgamento, Silveira atacou os Poderes na tribuna da Câmara dos Deputados. Ele chamou o ministro Alexandre de Moraes de "reizinho do Brasil" e "menininho frustrado" que age fora da Constituição Federal.

 

 

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