Relações Exteriores

Bolsonaro avalia tirar Carlos França do Itamaraty

Entre as possíveis razões da mudança está a postura do Itamaraty sobre a condenação do terrorismo no Oriente Médio

O comando do Itamaraty pode passar por uma nova mudança antes do término das eleições. O presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria demonstrando com as posições da pasta diante de discussões internacionais, incluindo o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a Veja, o chanceler Carlos Alberto França pode estar com os  dias contados à frente da pasta.

O chefe do Executivo começou a ouvir figuras importantes e próximas sobre o tema e a situação se intensificou nas últimas semanas quando o Brasil não seguiu países árabes na resolução que condenava ações terroristas no Oriente Médio. Bolsonaro foi cobrado e sequer havia sido informado pelo chanceler do assunto.

A decisão do Itamaraty causou uma pequena crise entre o Brasil e países árabes, importantes parceiros comerciais por serem compradores de alimentos halal, principalmente proteínas. Então, o Palácio do Planalto enviou o almirante Flávio Rocha, secretário Especial de Assuntos Estratégicos, aos Emirados Árabes para desfazer o mal estar criado.

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Guerra na Ucrânia

O Brasil defenderá a permanência da Rússia no G20, disse Carlos Alberto França nesta semana. Essa postura está sendo adotada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nas reuniões do G20, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que ocorrem em Washington nesta semana. “Ao G20, já manifestamos claramente a posição para que a Rússia pudesse participar da cúpula de líderes. A exclusão da Rússia não ataca o verdadeiro problema, que é o conflito”, disse o ministro, em entrevista coletiva ao lado da diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.

O Brasil esteve alinhado às grandes potências e votou pela “condenação” da Rússia na ONU. “Está profundamente preocupado com as operações militares russas contra alvos do território ucraniano”. Desde o início do ano, o Brasil faz parte do Conselho de Segurança como integrante não permanente.

Bolsonaro foi em uma viagem diplomática  à Rússia antes do início do conflito com a Ucrânia- durante a fase de escalada de tensões. Agora, os deputados do Psol protocolaram, na última quarta-feira (20/4), um pedido para que o chanceler seja convocado a prestar esclarecimentos ao plenário da Câmara sobre o sigilo imposto a documentos da viagem presidencial ao país.

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