TSE

Fachin quer trazer mais de 100 observadores internacionais para eleições

Ministro Fachin afirmou que comunidade internacional tem interesse em acompanhar de perto as eleições deste ano; presidente Bolsonaro é contra a ideia

Luana Patriolino
postado em 17/05/2022 16:22 / atualizado em 17/05/2022 18:08
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou que a Corte pretende trazer mais de 100 observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022. A declaração foi dada nesta terça-feira (17/5), no evento Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das Autoridades Eleitorais.

“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”, afirmou.

Fachin insiste desde o começo do mês em garantir a vinda de observatórios internacionais. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a iniciativa, chegando a fazer pressão ao Itamaraty para evitar os convites. Nesta manhã, o ministro também anunciou a criação de uma rede para garantir a vinda ao Brasil de observadores da União Europeia.

 

Segundo Fachin, foram convidados para observar o Brasil:

  • Organização dos Estados Americanos (OEA);
  • Parlamento do Mercosul;
  • Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
  • União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE);
  • Centro Carter;
  • Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES);
  • Rede Mundial de Justiça Eleitoral.

Fachin afirmou ainda que o objetivo é "garantir a vinda ao Brasil, antes e durante as eleições, não apenas dos organismos que já mencionamos, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse em acompanhar de perto o processo eleitoral brasileiro de outubro próximo”.

O presidente do TSE ainda relembrou episódios de agressão diante de cenários polarizados, como, por exemplo, a invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado, e os ataques sofridos pelo Instituto Nacional Eleitoral do México. “São exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio. É um alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional — na verdade, já o fez”, observou.

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