"Pauta antiga"

Parlamentar defende a regulamentação do lobby: "É uma pauta antiga"

Regulamentação da prática é apoiada pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que possui o lobby como uma das práticas

Raphael Felice
postado em 18/05/2022 21:53 / atualizado em 18/05/2022 21:53
Segundo Lafayette, há um compromisso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para pautar a proposta, que já teve aprovado um requerimento de urgência -  (crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Segundo Lafayette, há um compromisso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para pautar a proposta, que já teve aprovado um requerimento de urgência - (crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Em evento organizado pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) nesta quarta-feira (18/5), em um hotel na Asa Norte, o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), autor do requerimento de urgência e coordenador da Frente Parlamentar Mista sobre a regulamentação do lobby, defendeu a prática — em que grupos organizados buscam pressionar ou influenciar a decisão de parlamentares para pautar e votar projetos de interesses dos respectivos grupos.

Segundo Lafayette, há um compromisso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para pautar a proposta, que já teve aprovado um requerimento de urgência. Já havia um projeto semelhante na Casa, do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), o Projeto de Lei 1202/2007, que quase foi votado na última legislatura. Caso seja indicado relator, Andrada quer fazer um substitutivo com a proposta enviada pelo governo em novembro do ano passado com elementos também do texto de Zarattini.

O parlamentar conversou com integrantes da categoria sobre a atividade. O deputado federal explicou que é importante desmistificar a ideia de que a prática é uma coisa negativa. “É uma pauta antiga, mas o próprio nome, lobby, sempre recebeu uma pecha negativa durante muitos anos e até hoje é um pouco assim. Mas já percebo que o conceito está um pouco modificado”, disse o deputado.

O deputado explicou ainda que os deputados não são conhecedores de todos os temas, e por isso, devem ouvir os setores específicos da sociedade e suas representações. “É óbvio que é necessário você conversar com quem é afetado pela lei. Se eu estou fazendo uma lei que trata de saúde é natural que hospitais vão me procurar, que associações de médicos e enfermeiros venham me procurar e mostrar coisas que são boas ou que não são. É óbvio que é importante essa interlocução, mas não pode parecer que essa interlocução é de alguém levando vantagem sobre alguém, mas ficou na cabeça das pessoas que lobby é levar vantagem e não é isso”, disse.

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