Eleições

Paulinho da Força diz que 'resolve' reforma trabalhista 'em dois meses'

Presidente do Solidariedade recebeu o ex-presidente Lula nesta terça-feira (3/5) em evento de apoio. "Isso é besteira. Só joga água contra o nosso moinho", minimizou sobre reforma trabalhista

Presidente do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força (SP) afirmou nesta terça (3/5) que resolve a reforma trabalhista em "dois meses" caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito. A legenda recebeu Lula e seu candidato a vice, Gerald Alckmin (PSB) em evento na capital paulista para oficializar apoio à chapa.

Paulinho disse ainda que está sendo perdido muito tempo com polêmicas, como "uma vaia ali, uma internacional [socialista] dali, uma reforma trabalhista".

"Até brinquei com o [deputado federal] Marcelo Ramos (PSD): 'esquece esse negócio de reforma trabalhista'. Ganha a eleição, e eu e o Marcelo resolvemos dentro da Câmara em dois meses", disse Paulinho, dirigindo-se a Lula. "Isso é besteira. Só joga água contra o nosso moinho, essa história de revogar a reforma trabalhista. Nós sabemos como fazer, a [presidente do PT] Gleisi [Hoffmann] também sabe".

Saiba Mais

Lula se comprometeu, caso seja eleito, a revogar a reforma trabalhista realizada no governo de Michel Temer (MDB) para criar uma nova reforma, segundo o ex-presidente, baseada no que foi feito na Espanha — a fim de retomar os direitos perdidos. 

"Na boa, mesmo do jeito que está lá nós aprovamos uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional] que o Marcelo Ramos fez que reforma a estrutura sindical. Passamos na Comissão de Constituição e Justiça com 83% dos votos, até a direita votou conosco. Então fica tranquilo com isso", reforçou Paulinho da Força a Lula.

Eleição não está ganha

Em seu discurso, o presidente do Solidariedade voltou a criticar quem acredita que  a vitória de Lula está garantida. "Acho que até alguns que estão do seu lado acham que a eleição está ganha. A eleição não está ganha. A direita no mundo se organizou melhor aqui", pontuou.

Segundo Paulinho, o pleito será uma guerra contra a direita não só do Brasil, mas contra a direita internacional, que se mobiliza contra o petista. Ele também defendeu que haverá "fake news para todo o lado" durante as eleições.