Política externa

Itamaraty confirma ida de Bolsonaro à Cúpula das Américas após pedido de Biden

Bolsonaro também tem uma agenda pessoal marcada com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que ocorrerá durante a passagem dele pelo país em junho

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta quinta-feira (26/5) a ida do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Cúpula das Américas, que acontecerá em Los Angeles, nos Estados Unidos, entre 6 e 10 de junho. O Correio já havia antecipado, ontem, o comparecimento do chefe do Executivo. Ele também tem uma agenda pessoal marcada com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que ocorrerá durante a passagem dele pelo país.

“O Itamaraty adota as medidas preparatórias à visita do Presidente da República a Los Angeles, para participar da próxima Cúpula das Américas”, diz a nota da pasta enviada à imprensa.

Bolsonaro também ganha a chance de reduzir o isolamento internacional provocado pela falta de tato diplomático do presidente. Será também a primeira vez que o chefe do Executivo se encontrará pessoalmente com o presidente americano desde que ele foi eleito em 2020.

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Três fontes próximas ao governo ouvidas pela reportagem disseram que Bolsonaro estava decidido a não comparecer. Contudo, após a visita do assessor especial do governo dos Estados Unidos, Christopher Dodd, no Palácio do Planalto, ocorrida na manhã de terça-feira (24), o presidente reconsiderou o convite. O encontro aconteceu fora da agenda oficial do chefe do Executivo.

Após a reunião, o assessor divulgou uma declaração. "Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero", escreveu.

Biden tenta evitar o esvaziamento do evento, pois alguns dos chefes de Estado se recusam a participar se os EUA excluírem parte dos países americanos. Caso, por exemplo, do México. O presidente mexicano, Manuel López Obrador, ameaçou não comparecer.

Além disso, essa também é uma das formas de o presidente americano mostrar que tem força na América Latina em meio à expansão chinesa na América do Sul. O Brasil tem grande relevância, entre outros motivos, por possuir fronteira com quase todos os países na parte Sul (salvo Chile e Equador).

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