INVESTIGAÇÃO

CPI da Covid: PGR pede que Supremo arquive indiciamento de Ricardo Barros

Líder do governo foi citado em supostos esquemas de corrupção envolvendo compra de vacina

Luana Patriolino
postado em 10/06/2022 19:19 / atualizado em 10/06/2022 19:19
Informações coletadas pela CPI apresentam indícios da participação de pessoas ligadas a Barros ou relatos de atuação direta dele nos acordos -  (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Informações coletadas pela CPI apresentam indícios da participação de pessoas ligadas a Barros ou relatos de atuação direta dele nos acordos - (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive a investigação da CPI da Covid no Senado para indiciar o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. O pedido foi feito nesta sexta-feira (10/6), e assinado pela vice-PGR, Lindôra Araújo.

O nome de Barros foi citado em supostos esquemas de corrupção em ao menos duas negociações de compras de vacinas contra a covid-19. Informações coletadas pela CPI apresentam indícios da participação de pessoas ligadas ao parlamentar ou relatos de atuação direta dele nos acordos.

Lindôra Araújo disse ao STF que “inexistem indícios mínimos para se afirmar que o representado Ricardo Barros tenha atuado em benefício de pretensões privadas”.

Para a vice-PGR, “não há sequer indícios de verossimilhança do ato criminoso imputado ao requerente [Barros], subsistindo tão somente uma hipótese criminal sustentada no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia”.

O arquivamento já havia sido recomendado pelo ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso no STF. Em março, ele determinou que a Procuradoria se manifestasse sobre o pedido de indiciamento de Ricardo Barros.

Para o magistrado, seria necessário ter elementos concretos para manter o indiciamento do líder do governo. Esse é o primeiro pedido de arquivamento feito pela PGR a partir do relatório final da CPI da Covid.

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