Bolsonaro exonera Guimarães e empossa Daniella Marques na presidência da Caixa

Investigado por assédio sexual, o executivo publicou uma carta aberta nas redes sociais, onde nega a acusação, mas diz que não pode prejudicar "a instituição ou o governo sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral"

Cristiane Noberto

postado em 29/06/2022 19:03 / atualizado em 29/06/2022 19:04

Conforme adiantou o Correio, após as denúncias de assédio sexual contra Guimarães, o governo federal optou por um nome feminino para o comando do banco - (crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou, em edição extra do diário oficial da União (DOU), a exoneração de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF), na noite desta quarta-feira (29/6). No lugar dele, fica Daniella Monteiro, braço direito do ministro Paulo Guedes.

Segundo a publicação, a exoneração ocorre "a pedido" de Guimarães. Investigado por assédio sexual, o executivo publicou uma carta aberta nas redes sociais, onde nega a acusação, mas diz que não pode prejudicar "a instituição ou o governo sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral". 

"Se foi o propósito de colaborar que me fez aceitar o honroso desafio de presidir com integridade absoluta a CAIXA, é com o mesmo propósito de colaboração que tenho de me afastar neste momento para não esmorecer o acervo de realizações que não pertence a mim pessoalmente, pertence a toda a equipe que valorosamente pertence à CAIXA e também ao apoio de todos as horas que sempre recebi do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro", escreveu. 

A nova presidente do banco, Daniella Monteiro, estava como secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec). Conforme adiantou o Correio, após as denúncias de assédio sexual contra Guimarães, o governo federal optou por um nome feminino para o comando do banco.