Ex-ministro da Educação

Após dizer que botaria a 'cara no fogo' por Milton Ribeiro, Bolsonaro se esquiva

"Mas, se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando, é um sinal de que eu não interfiro na PF, porque isso aí vai respingar em mim, obviamente", disse o presidente, nesta quarta-feira (22/6)

Quase três meses antes da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, nesta quarta-feira (22/6), o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou confiança pelo pastor e ainda afirmou que que colocaria a “cara toda no fogo” por ele, durante transmissão no canal do chefe do Executivo nas redes sociais, em 24 de março. 

“Ele não bota na agenda o nome do corruptor. Eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. O que estão fazendo é uma covardia com ele”, defendeu na ocasião. Bolsonaro ainda frisou que Milton tomaria providências caso houvesse desvios. “Porque não tem corrupção no meu governo porque a gente age dessa maneira. A gente está um passo à frente. Não pode chegar em alguém e falar que ‘ah você está desviando’. Tem que ter provas. O Milton [Ribeiro] tomou as providências”, disse

Nesta quarta-feira (22/6), porém, o presidente se esquivou das perguntas sobre o pastor. “Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum. Mas, se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando, é um sinal de que eu não interfiro na PF, porque isso aí vai respingar em mim, obviamente”, disse em entrevista à rádio Itatiaia.

A esposa do presidente, Michelle Bolsonaro, também era uma defensora do ex-ministro. Ela afirmou, no dia da exoneração de Ribeiro, que Deus provaria que ele “é uma pessoa honesta”. “Eu posso dizer que amo a vida dele, tá?”, disse na época.

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