Eleições 2022

Em bienal, Simone Tebet defende criação de CPI do MEC

A senadora e pré-candidata à Presidência da República visitou neste domingo (3/7) a 26ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo

Victor Correia
postado em 03/07/2022 21:52 / atualizado em 03/07/2022 21:54
 (crédito: Divulgação/Assessoria de Imprensa Simone Tebet)
(crédito: Divulgação/Assessoria de Imprensa Simone Tebet)

A senadora e pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS) defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias sobre o esquema de liberação de verbas no Ministério da Educação (MEC). A parlamentar esteve, neste domingo (3/7), na 26ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. Aos jornalistas, ela destacou a gravidade dos fatos e lamentou mais um episódio de corrupção na política brasileira. 

“Basta que tenha o número de assinaturas necessárias e um fato determinado para que seja instalada. Não é uma questão de liberdade, de discricionariedade do presidente do Congresso ou não”, disse, em entrevista coletiva. “Estamos falando de educação. Estamos falando de denúncias gravíssimas, com áudio, com depoimentos de autoridades públicas dizendo ‘eu fui chantageado’, houve tentativa de extrair propina, tráfico de influência, advocacia administrativa", afirmou. 

Tebet esteve no evento ao lado do prefeito da capital,Ricardo Nunes (MDB), e da secretária municipal de Cultura, Aline Torres.  Questionada sobre seu palanque em São Paulo, ela garantiu que também terá o apoio do atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). O senador suplente José Aníbal (PSDB-SP), que busca viabilizar sua candidatura ao Senado para as eleições de outubro, declarou apoio a pré-candidata. 

“Defendo a candidatura de Simone Tebet desde muito tempo. Conversei muito com o MDB para que assumisse essa candidatura. A realidade está mostrando que foi uma decisão correta, à qual o PSDB aderiu fortemente. Ela é uma candidata que comunica, as pessoas sentem segurança com ela", frisou Aníbal.

CPI do MEC 

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso em uma operação da Polícia Federal que apura o envolvimento dele em um esquema para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em áudios divulgados pela imprensa, o ex-chefe do MEC afirmou priorizar pastores aliados e ainda citou que o favorecimento era um pedido expresso do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em outra gravação, Ribeiro relata à própria filha que foi avisando pelo chefe do Executivo sobre a busca e apreensão da PF. Segundo ele, o presidente disse ter um “pressentimento” de que o aliado seria alvo da polícia.

As suspeitas levaram a oposição do Senado a se articular pela criação de uma CPI. Foram entregues assinaturas e documentos ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), — que afirmou ter uma resposta sobre a instauração ainda nesta semana. 

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