Juiz de Fora

Bolsonaro sobre facada: "Pedi que minha filha não ficasse orfã"

Bolsonaro se disse grato à equipe médica que o atendeu na ocasião e se emocionou lembrando que no dia do atentado, rezou para se recuperar e não deixar órfã a filha, Laura.

Ingrid Soares
postado em 15/07/2022 15:16
 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou, nesta sexta-feira (15/7), ao visitar a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG). O local foi onde o chefe do Executivo recebeu os primeiros socorros após a facada na pré-campanha em 2018.

“É uma emoção muito grande retornar a essa casa. Não por conhecê-la, por desconhecê-la. Pelo que sei, minha memória não traz recordações aqui dentro (do hospital). Cheguei praticamente desfalecido. Me lembro que acordei entrando em um avião UTI, no aeroporto. Passei por aqui, meus filhos relataram o ocorrido. É uma coisa que a gente nunca espera estar no meio do povo e acontecer aquela quase tragédia”.

Bolsonaro se disse grato à equipe médica e se emocionou lembrando que no dia do atentado, rezou para se recuperar e não deixar órfã a filha, Laura.

“Pelas mãos de vocês a minha vida foi salva. Os relatos de alguns de vocês é que dificilmente a gente sobrevive com uma facada igual aquela. No meu entender, não foi sorte foi a mão de Deus e as mãos de vocês. Quis o destino que eu sobrevivesse. Graças a Deus, que deu minha vida a vocês. O que eu mais pedia, durante o período em que acordei, foi que minha filha de sete anos não ficasse órfã”.


O presidente também falou de Adélio Bispo, autor do ataque, que foi preso no mesmo dia e confessou ter sido o autor da facada. O homem que foi diagnosticado com transtorno delirante permanente segue detido e a Polícia Federal (PF) concluiu que ele agiu sozinho no crime.


"Alguns perguntam: Quem foi que tentou te matar? Temos o assassino, tem três advogados com condições, não são advogados pobres. Um chegou de avião no dia seguinte, temos pessoas que tentaram entrar na Câmara usando nome do Adélio entre tantas e tantas coisas. Duas pessoas da pensão já morreram, tem muita coisa pela frente, mas a gente sabe que as coisas são complicadas no Brasil”.


Por fim, citou a promulgação da PEC do piso dos enfermeiros ocorrida ontem, que define um valor mínimo a ser pago a profissionais como enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.


A proposta define os valores de R$ 4.750 para os enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem, e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Agora, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até 15 dias para sancionar o projeto de lei que institui o piso.


“Sabemos do trabalho que os senhores oferecem na ponta da linha. O grosso do atendimento passa pela Santa Casa. Ontem foi promulgado o piso dos enfermeiros. O projeto ainda não chegou na minha mesa, a PEC foi promulgada ontem. A gente vai ter 15 dias para decidir a questão do piso com orientação do Queiroga, a ideia é sancionar. Vamos fazer o que for melhor da nossa parte”.


“Devo minha vida aos senhores, muito obrigada. Deus lhes paguem porque não tem outra maneira de recompensar o que fizeram por mim e fazem por muita gente também”, concluiu.
Mais cedo, Bolsonaro participou de um evento evangélico, onde também relembrou a facada.

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