Eleições 2022

Bolsonaro repete ataques às urnas e diz que Fux deveria ser investigado

O presidente Bolsonaro disse também que "ninguém quer dar o golpe" e acrescentou que o ministro Luís Roberto Barroso, interferiu na votação do voto impresso

Ingrid Soares
postado em 02/08/2022 13:58
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu ataques às urnas eletrônicas nesta terça-feira (2/8) e disse que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que discursou ontem na retomada dos trabalhos do Judiciário pedindo respeito e diálogo nas eleições e reafirmando a seguranças das urnas, deveria ser investigado em inquérito. Ele ainda voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes.

"Que maravilha de sistema esse que ninguém quer, a não ser Bangladesh, Butão? Venezuela, também parece que usa esse negócio [urna eletrônica]. Com todo o respeito ao Fux, de vez em quando nós trocamos algumas palavras aqui, ele é chefe de poder", disse, em entrevista à rádio Guaíba. Segundo Bolsonaro, Fux "deveria estar respondendo processo lá no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério e não essa mentira, essa enganação que são esses inquéritos do Alexandre de Moraes".

No entanto, a afirmativa sobre as urnas de que apenas três países a utilizam já foi desmentida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que apontou que, segundo o Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Social (IDEA Internacional), 23 países usam urnas com tecnologia eletrônica para eleições gerais e outros 18 as utilizam em pleitos regionais. Entre os países estão o Canadá, a Índia e a França, além dos Estados Unidos, que têm urnas eletrônicas em alguns estados.

Bolsonaro disse também que “ninguém quer dar o golpe” e acrescentou que o ministro Luís Roberto Barroso, interferiu na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. 

“No ano passado o Congresso ia aprovar o voto impresso numa PEC. O que o Barroso fez? Ele era presidente do TSE. Foi dentro do Parlamento, nem tentou fazer escondido, foi para dentro do Parlamento, se reuniu com uma dezena de líderes e no dia seguinte vários líderes trocaram os integrantes da comissão de modo que eles votaram contra a PEC do voto impresso. É interferência direta. É uma interferência política, isso é um crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso. Barroso, tu é um mentiroso, um mentiroso”, concluiu.

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