Saidões

Bolsonaro critica PT, PSB, PSol e PCdoB por votarem contra o fim dos saidões

Ao justificar o projeto, o relator, o deputado Capitão Derrite (PL-SP) citou as saídas de presos em datas comemorativas e exemplificou com o caso Richthofen

Ingrid Soares
postado em 04/08/2022 21:32
 (crédito: Reprodução / Youtube)
(crédito: Reprodução / Youtube)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a oposição contrária ao projeto que extingue saídas temporárias de presos dos estabelecimentos prisionais brasileiros, os chamados "saidões". O projeto foi aprovado pela Câmara e segue para o Senado, que vai analisar as alterações dos deputados. Durante a live desta quinta-feira (4/8), Bolsonaro citou o PT, PSB, PSOL e PCdoB como siglas que 'votaram contra de forma unânime' e que defendem os saidões. Foram contabilizados 311 votos favoráveis e 98 contrários.

"Essa semana a Câmara aprovou esse projeto sobre saidinhas. Geralmente são 6 ou 7 saidões por ano que o presidiário tem direito a sair. Esse projeto então, onde Derrite [deputado Capitão Derrite (PL-SP)] foi relator passou para zero isso aí. Agora curiosidade: partidos que indicaram sim ou não, partidos favoráveis ou contrários. O projeto visava acabar com saidinha ou saidões. Quem votou contra de forma unânime: PT, PSB, PSOL e PCdoB. Não é novidade para ninguém, são partidos que são favoráveis aos saidões", atacou.

Apesar de considerar que Bolsonao faria uso político, na data, a oposição se posicionou contra o fim dos benefícios aos presos. “O sistema prisional é um espaço onde tem tortura. E todos e todas sabem disso. O sistema prisional está em conflito com a lei em grande medida porque ele impede que haja qualquer tipo de dignidade humana”, argumentou a deputada Erika Kokay (PT-DF). A parlamentar disse acreditar que tal medida não atende o que anseia a sociedade.

Ao justificar o projeto, o relator Derrite citou as saídas de presos em datas comemorativas e exemplificou com o caso Richthofen. "Há casos, como o da condenada Suzanne von Richthofen, parricida [que matou os pais], que gozou do favor legal, mesmo não tendo mais o pai que assassinou, simplesmente porque a lei concede o benefício", argumentou.

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