Eleições 2022

Sofia Manzano: Redução de jornada para 30 horas aumentaria empregos

Candidata à Presidência da República pelo PCB participou nesta segunda-feira (22/8) de entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan

Victor Correia
postado em 22/08/2022 15:41
 (crédito: Reprodução/Youtube @Pânico Jovem Pan)
(crédito: Reprodução/Youtube @Pânico Jovem Pan)

A candidata à Presidência da República Sofia Manzano (PCB) defendeu nesta segunda-feira (22/8) que a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais aumentaria em 50% o número de vagas de emprego formal. A redução da jornada é a principal proposta de seu plano de governo. A presidenciável também criticou os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), argumentando que a gestão foi "muito mais voltada aos interesses dos grandes empresários".

"A principal proposta que temos hoje para o nosso governo é a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução salarial. Imediatamente você aumenta 50% de vagas no emprego formal", disse a candidata em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan. "Todas as grandes empresas do Brasil estão batendo recordes de lucratividade. Isso significa que as empresas estão ganhando, só que estão explorando cada vez mais a classe trabalhadora. [Estão] Aumentando a jornada de trabalho e reduzindo a média salarial", completou.

"O Brasil carrega o agro nas costas"

Questionada pelos apresentadores sobre apoio do PCB a Lula, Sofia afirmou que seu partido não apoia o petista desde 2005, ainda no seu primeiro governo. "[Lula] Fez uma política muito mais voltada aos interesses dos grandes empresários, dos grandes bancos, do mercado financeiro", disse a candidata. "É verdade o que o Lula fala: nunca os bancos ganharam tanto dinheiro no Brasil como no período em que ele foi presidente. Em compensação, não houve mudanças estruturais significativas para melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora", completou.

Sofia Manzano também criticou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que considera uma das responsáveis pelo aumento de casos de corrupção em municípios e no governo federal. A candidata denunciou ainda o processo de desindustrialização vivido pelo Brasil nos últimos 30 anos e atacou os subsídios concedidos pelo governo ao agronegócio. "O agronegócio gosta de dizer que carrega o Brasil nas costas, mas na verdade é o Brasil que carrega o agro nas costas", pontuou.

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