ELEIÇÕES 2022

65% das menções a entrevista de Bolsonaro no JN foram negativas, diz Quaest

Durante os 40 minutos de exibição da sabatina, apenas 35% das publicações tiveram um teor positivo sobre a participação do presidente

Sandy Mendes
postado em 24/08/2022 00:04
Os trechos que mais mobilizaram as críticas foram quando Bolsonaro tratou de urnas e da eleição de outubro; quando falou da atuação do governo na pandemia e sobre corrupção na gestão. -  (crédito: TV Globo/Reprodução)
Os trechos que mais mobilizaram as críticas foram quando Bolsonaro tratou de urnas e da eleição de outubro; quando falou da atuação do governo na pandemia e sobre corrupção na gestão. - (crédito: TV Globo/Reprodução)

Abrindo a rodada de sabatinas com presidenciáveis no Jornal Nacional, da TV Globo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do programa na noite de segunda-feira (22). O telejornal registrou a maior audiência do ano com a presença de Bolsonaro, que, por outro lado, recebeu 65% de menções negativas nas redes sociais. O levantamento foi realizado pela Quaest.

Durante os 40 minutos de exibição da sabatina, apenas 35% das publicações tiveram um teor positivo sobre a participação do presidente.

De acordo com o cientista político, André César, os números levantados pela Quaest apresentam uma “saturação” no engajamento do presidente.

“O mercado político de Bolsonaro e seu público continuam muito engajado nas redes sociais, mas as críticas vêm. O número da Quaest indica uma saturação do engajamento. Nas redes, tudo muda muito rápido. É preciso estar atento”, diz.

Durante a entrevista ao vivo com o presidente, o levantamento registrou os momentos de pico de citações positivas e negativas sobre seu desempenho. Os trechos que mais mobilizaram as críticas foram quando Bolsonaro tratou de urnas e da eleição de outubro; quando falou da atuação do governo na pandemia e sobre corrupção na sua gestão.

Por outro lado, as menções positivas foram ao auge quando o chefe do Executivo disse estar comprometido em respeitar o resultado das urnas eletrônicas.

Os números da Quaest, que o Correio Braziliense teve acesso, vieram do seguinte recorte: Twitter, 48%; Facebook, 43%; Instagram, 9%.

Engajado, Bolsonaro sai na frente em relação ao número de seguidores nas redes sociais. Segundo levantamento da agência Ativa Web, o presidente possui quase 5 vezes mais seguidores que o concorrente, Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro supera o petista, com margem, nas seguintes plataformas: Facebook, Instagram, Twitter, Telegram e TikTok.

A campanha do atual presidente está focada na movimentação em todas as redes, além das já citadas, tais como: Kawai, WhatsApp e YouTube. Recentemente, Bolsonaro aceitou o convite para participar de podcasts gravados. Em sua última aparição, no programa No Flow, a audiência bateu recorde, com mais de 500 mil pessoas assistindo a transmissão ao vivo.

O comitê eleitoral do presidente avalia que cada plataforma tem um público e linguagem própria. A expectativa é tentar conversar com cada uma e atrair seu respectivo tipo de eleitor.

Segundo o especialista André César, a avaliação é de que, com a volta da “política real”, com mais tempos em televisão e campanhas na rua, os candidatos adaptam suas estratégias eleitorais.

“O impacto da mudança de cenário político deve movimentar e redefinir as estratégias nas redes sociais. A política é algo muito dinâmico, então ekes devem estar atentos ao reposicionamento do seu time, suas forças, suas estratégias e suas táticas.”, explicou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação