Eleições 2022

"Único lugar que o Lula ganha é no Datafolha", diz Bolsonaro em Minas Gerais

O presidente Bolsonaro também levou ao palanque um refugiado venezuelano para que relatasse a vida na Venezuela. "Não queremos colocar o Brasil nessa situação", alegou o presidente

Ingrid Soares
postado em 24/08/2022 18:20 / atualizado em 24/08/2022 18:21
 (crédito: Reprodução/Youtube Partido Liberal)
(crédito: Reprodução/Youtube Partido Liberal)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (24/8) que “o único lugar que o Lula ganha é no Datafolha". A declaração ocorreu durante agenda de campanha em Betim, Minas Gerais.

“Voces sabem que o único lugar que o Lula ganha é no Datafolha e mais em lugar nenhum. Estamos tendo a chance de ver o que acontece em outros países por aí. Temos a chance de rememorar o que Lula e Dilma fizeram pelo Brasil, praticamente destruíram a nossa pátria”, apontou, sendo ovacionado por apoiadores. No entanto, a maioria das pesquisas eleitorais de intenção de voto apontam o petista na liderança.

Bolsonaro ainda levou ao palanque um refugiado venezuelano para que relatasse a vida na Venezuela “em função das escolhas que fizeram”. “Não queremos colocar o Brasil nessa situação", alegou o presidente.

“Não podemos esquecer que quem fez campanha para [Hugo] Chávez e [Nicolás] Maduro no passado foi o Lula lá na Venezuela, ele defendeu aquele regime. Certa vez ele falou: ‘Na Venezuela pode faltar tudo, menos democracia’. É exatamente o contrário. Lá não tem democracia e falta tudo. Nós não queremos colocar o Brasil na situação que está a Venezuela. [Vou] Abrir a palavra para ele contar um pouco do que o seu povo vive lá em função das escolhas que fizeram. O pessoal acreditou na palavra fácil do Chávez e do Maduro, e na campanha do Lula dizendo que a esquerda ia dar o paraíso para eles. Não deram o paraíso, deram fome, miséria, violência, desgraça e o fim da família, a desestruturação das famílias na Venezuela”, bradou.

O imigrante se identificou como José Gregório e relatou estar há quatro anos no Brasil. “Passei muito trabalho, saí da Venezuela na miséria e com fome". "O presidente que temos na Venezuela [Nicolás Maduro] acabou com a nossa riqueza, o ouro, as minas. (...) Entrei no Brasil e fiquei cinco dias andando com mala e mochila nas costas. Ninguém dava carona para nós", apontou.

O presidente retomou a palavra e, ao lado de candidatos bolsonaristas, disse que sairá reeleito em primeiro turno.

“Vamos ganhar, sim, no primeiro turno”, acrescentou, ao som de “mito”. “E não é apenas para presidente. Temos candidato a governador também, [Carlos] Viana, o nosso senador. Temos o candidato ao Senado, Cleytinho”, emendou, pedindo que os locais apoiassem o governo com a eleição desses nomes.

7 de Setembro

O presidente Bolsonaro também voltou a convocar a população para o 7 de Setembro e lembrou a solenidade de recepção do coração de Dom Pedro I, ocorrida ontem no Palácio do Planalto. Ele falou em liberdade e em “não perdê-la em uma eleição”. E destacou que “cada um saberá o que fazer no dia 2 de outubro próximo”.

“Ontem, em Brasília, recebi o coração de Dom Pedro I, porque temos o 7 de Setembro pela frente. Vamos comemorar 200 anos de independência. E mais, vamos também comemorar uma eternidade de liberdade para todos nós. A liberdade não tem preço. Não vamos perdê-la em uma eleição. Vamos fazer a nossa parte. Vamos lutar pelos nossos filhos, pela nossa Pátria. Tenho certeza que cada um de nós saberá o que fazer no dia 2 de outubro próximo.”

“Participem do 7 de Setembro. O momento de nós mostrarmos para os outros que as nossas cores são verde e amarela. Que nós queremos a paz, a tranquilidade, a democracia, queremos a liberdade”, concluiu.

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