ELEIÇÕES 2022

Simone Tebet reconhece erro em defesa de voto impresso em 2015

"Nunca duvidei da segurança das urnas. Nós estávamos discutindo uma minirreforma partidária e eleitoral, mas a maioria absoluta dos senadores e dos deputados federais aprovou essa reforma", disse Simone Tebet

A pré-candidata à Presidência pelo MDB, a senadora Simone Tebet, reconheceu que errou ao votar a favor de uma minirreforma partidária (PL nº5.735/13), em 2015, que institua uma comprovação impressa do voto feito nas urnas eletrônicas. A declaração foi feita no programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (8/8).

Tebet foi questionada sobre o apoio dela ao voto e se ela ainda pensa da mesma forma. A jornalista que fez a pergunta afirma, ainda, que o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a senadora, durante um podcast nesta segunda-feira (8/8), como uma presidenciável que também apoia o voto impresso.

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“Nunca duvidei da segurança das urnas. Nós estávamos discutindo uma minirreforma partidária e eleitoral, mas a maioria absoluta dos senadores e dos deputados federais aprovou essa reforma. Ali, nós queríamos trazer uma segurança para o eleitor, que tinha um questionamento sobre a segurança das urnas”, explica a senadora.

"Mas depois disso se passaram sete anos, fizemos audiências públicas, o TSE esteve conosco e foi tudo esclarecido", defende Tebet. Em seguida, defendeu a segurança das urnas eletrônicas e afirmou que apresentou um manifesto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que afirmava acreditar na segurança do sistema eleitoral eletrônico.

“Com o voto impresso, somos convencidos que não só as urnas são seguras, como o voto impresso poderia sim corromper a democracia e as eleições, porque com ele você poderia vender seu voto. Você imprime e comprova que votou e recebe o dinheiro”, acrescenta.

A senadora foi lembrada que a comprovação impressa do voto só não foi instituída por ter sido derrubada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi questionada, mais uma vez, se ela vê erro no voto dela e dos colegas de plenário à época. Simone concorda. “Eu acredito que sim, à medida que estava no bojo de um processo, e nós achávamos que estávamos fazendo um bem no sentido de dar um conforto à parcela da população que questionava”, disse.

“Mas como eu disse, são sete anos. Eu mesmo não sabia que a urna não está ligada à internet. Não sabíamos disso no momento, faltou um tipo de esclarecimento antes da votação”, acrescentou.
Tebet é a primeira entrevistada de uma série de entrevistas promovida pelo programa Roda Viva, da TV Cultura, com os quatro pré-candidatos com maior intenção de votos registrados pela pesquisa Datafolha de 28 de julho.

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