Eleições 2022

Tebet: "Minha candidatura é para valer e já está incomodando"

A presidenciável esteve no ABC Paulista nesta sexta-feira (22/7) e criticou ameaças de Renan Calheiros para judicializar convenção do MDB

Victor Correia
postado em 22/07/2022 20:35 / atualizado em 22/07/2022 20:35
"Menos Lula, menos Bolsonaro e mais Brasil", disse a senadora em discurso. - (crédito: Assessoria de Imprensa/Simone Tebet)

A pré-candidata e senadora Simone Tebet (MDB) afirmou, nesta sexta-feira (22/7), que a candidatura dela "é para valer e já está incomodando". A presidenciável criticou a iniciativa de uma ala do MDB que quer postergar a convenção nacional do partido, marcada para 27 de julho, e se articula para que a sigla apoie o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A minha candidatura é para valer e aí está a prova de que já está incomodando. E por que não tentaram isso lá atrás? Porque não acreditavam que nós iríamos levar até o final", afirmou a senadora em coletiva a jornalistas. Ela foi questionada sobre a iniciativa do senador Renan Calheiros (MDB) em ameaçar judicializar a convenção do partido. Calheiros lidera a ala pró-Lula no MDB.

 

“Menos Lula, menos Bolsonaro e mais Brasil. Vamos devolver o Brasil para quem é dono dele, para o povo brasileiro, para o povo trabalhador, para a trabalhadora, a dona de casa e a mãe, aquela mulher que se sacrifica pelo seu filho, que tem de enfrentar jornadas duplas, até triplas de trabalho, e ganha 25% menos do que os homens, se for uma mulher preta, chega a ganhar 40% menos”, continuou Tebet.

A senadora está em agenda em São Paulo e foi recebida pelo prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), no diretório municipal do ABC Paulista. Também estava no evento o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire. Os três partidos compõem o autointitulado "centro democrático".

Freire frisou que a consolidação da candidatura da senadora é certa no dia 27. "E que tomem tento aqueles que pensam que já venceram as eleições”, alertou. 

Crise no MDB

Na segunda-feira (18/7), Lula reuniu-se com representantes de 11 diretórios estaduais do MDB, incluindo Calheiros, e recebeu seu apoio oficial. No dia seguinte (19/7), os caciques encontraram-se com o ex-presidente Michel Temer (MDB) que, a jornalistas após a reunião, defendeu que a convenção nacional para referendar o nome de Tebet ao Planalto deve ser adiada. A ideia do grupo é dar tempo para articular apoio a Lula.

O presidente nacional da legenda, o deputado federal Baleia Rossi (MDB), frisou ainda na terça, que a reunião não será adiada. Em resposta, Renan Calheiros ameaçou judicializar o caso. "Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitividade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados. A persistir a obsessão não restará alternativa senão a judicialização da própria convenção", disse Calheiros hoje (22/7) em sua conta no Twitter.

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