Eleições 2022

Tebet sobre Lula e Bolsonaro: 'Um vive de acirrar o ódio contra o outro'

Senadora também voltou a atacar o orçamento secreto nesta quarta-feira (10/8), e defendeu que o país precisa de estabilidade para crescer

A senadora e candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta quarta-feira (10/8) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vivem de "acirrar o ódio em relação ao outro". Segundo a presidenciável, em razão dessa polarização, nenhum dos dois adversários consegue dar à economia a estabilidade necessária para crescer.

"O Brasil precisa voltar a crescer, de forma urgente, para gerar emprego. Mas ele só vai crescer se houver paz. Ele só vai crescer se houver estabilidade. Ele só vai crescer se houver segurança. E a única candidatura que pode oferecer essa união ao redor do Brasil, essa pacificação, essa segurança jurídica, é a candidatura desse campo democrático que nós representamos", disse a senadora em entrevista à TV Imaculada, do Mato Grosso do Sul. Sua chapa é composta por MDB, PSDB e Cidadania, e tem a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice.

"A economia vive de expectativas. Infelizmente nem Lula nem Bolsonaro conseguem melhorar essas expectativas, porque um vive de acirrar o ódio em relação ao outro", completou Tebet, que classificou a falta de crescimento da economia brasileira como sendo o maior problema do país.

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Orçamento secreto é "escândalo de corrupção"

Na entrevista, Tebet voltou a criticar o orçamento secreto, e defendeu que o fim do dispositivo poderia ajudar a financiar as medidas planejadas para seu possível governo, como um programa de transferência de renda nos moldes do Auxílio Brasil ou do Bolsa Família. "Dinheiro tem. É só acabar com o orçamento secreto, esse escândalo de corrupção. Só se acabar com o orçamento secreto já dá pra bancar 20% desse aumento dos benefícios", afirmou.

Tebet detalhou ainda outros elementos de seu plano de governo, como um foco em economia verde, especialmente no agronegócio, e maior participação feminina em cargos públicos. Segundo a senadora, metade de seus ministérios será ocupada por mulheres, caso eleita.