BRIGA

Calheiros e Lira trocam farpas na internet após prisão de ex-prefeito

Rivais políticos em Alagoas trocam alfinetadas usando supostos envolvimentos ilícitos cometidos durante gestões no Congresso Nacional

Com a prisão em Rio Largo, no Alagoas, de Gilberto Gonçalves (PP), uma briga entre o aliado do ex-prefeito, Arthur Lira (PP), e seu oponente político, Renan Calheiros (MDB), começou nas redes sociais. Rivais no estado, eles aproveitaram o fato para esquentar as divergências políticas e alfinetar um ao outro sobre supostos envolvimentos ilícitos.

Renan escreveu que a prisão é a primeira prova de um orçamento secreto, fazendo uma referência ao comandante da distribuição das emendas de relator - as RP9 - que ocorre pelas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

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“A prisão do prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, é a primeira do orçamento secreto. É uma advertência às demais cidades e aos métodos de Arthur Lira que, cinicamente, continuou a liberar recursos para o 'beco da propina' e outros escândalos”, disse.

Lira respondeu no mesmo tom, relembrando que Calheiros teve que deixar o cargo de presidência do Senado Federal, em 2016, após se tornar réu por ter cometido suposto crime de peculato. Durante dois anos, um lobista da empreiteira Mendes Júnior teria repassado cerca de R$ 1,9 milhão a Mônica Veloso, jornalista com quem o senador teve um envolvimento amoroso. O dinheiro teria sido desviado da verba de seu gabinete em troca de favores.

O senador Renan Calheiros continua sendo uma figura nefasta na política brasileira. Ele não lembra o motivo pelo qual foi obrigado a renunciar à presidência do Senado? O que não faltam são escândalos. Querer fazer proselitismo às custas dos outros diz muito de sua personalidade”, devolveu Lira.

Acrescentou à troca de farpas as suspeitas de fraudes que recaem sobre o mandado de governo de seu filho, Renan Filho (MDB), que agora é candidato ao Senado. Lira declarou que se passar “um pente fino” será encontrado um “rosário de ilicitudes”. “Creches superfaturadas, repasses de recursos estranhos à Assembleia Legislativa e tem famosa Operação Edema, que a PF deve colocar pra frente”, listou.

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