ELEIÇÕES 2022

Tebet defende diálogo para manter piso da enfermagem

Candidata do MDB à Presidência, senadora Simone Tebet (MS), diz esperar que o diálogo e o bom senso para manter o piso de R$ 4,7 mil aprovado pelo Congresso. Ela sugere, por exemplo, que a União volte a bancar 50% do SUS

Rosana Hessel
postado em 06/09/2022 19:44 / atualizado em 23/09/2022 21:26
Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil -  (crédito: Divulgação/Assessoria Simone Tebet)
Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil - (crédito: Divulgação/Assessoria Simone Tebet)

Em meio à polêmica da judicialização do novo piso da enfermagem, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu o diálogo entre os Três Poderes para a manutenção dos valores aprovados pelo Congresso Nacional e saiu em defesa dos profissionais da saúde.

Na avaliação da senadora, o diálogo e o "bom senso" devem trazer soluções para manter o novo piso aprovado pelo Congresso, de R$ 4,750 mil. Ela reconheceu que a média nacional, de R$ 2,3 mil, era muito baixa e é preciso uma compensação aos profissionais que tiveram importante atuação durante o auge da pandemia covid-19. 

  • Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil Divulgação/Assessoria Simone Tebet
  • Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil Divulgação/Assessoria Simone Tebet
  • Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil Divulgação/Assessoria Simone Tebet
  • Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil Divulgação/Assessoria Simone Tebet
  • Reunião de Simone Tebet com embaixadores dos Estados-Membros da União Europeia no Brasil Divulgação/Assessoria Simone Tebet

“Eu espero que agora o diálogo aconteça, até porque está apenas em forma de uma liminar. Não tem decisão definitiva ainda. Entrando o Legislativo e o Executivo na conversa, a gente pode achar uma alternativa”, defendeu a parlamentar, nesta terça-feira (6/9), a jornalistas, após encontro com embaixadores europeus na sede da delegação da União Europeia. Ela, inclusive, sugeriu que a União volte a bancar 50% do Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O que não pode é a gente não valorizar (os profissionais) com um piso de R$ 2,3 mil dos técnicos de enfermagem, né? Por favor, nós estamos falando de um salário mínimo e meio. Não chega a dois salários mínimos. Então, é o mínimo que nós podemos oferecer para os profissionais de saúde no Brasil”, acrescentou a candidata do MDB à Presidência da República.

"Eu lamento mais uma vez que o Brasil esteja tão carente de diálogo. Na final, esse projeto foi aprovado já faz tempo, já é lei por maioria absoluta. Se está havendo dificuldade, se não tem recursos, cabe, neste momento, é colocar todas as pessoas, os interessados na mesa e ver de que forma, por exemplo, a União possa voltar a financiar o que financiava no passado: 50% do SUS", destacou. "A União chegou a financiar 50% do SUS brasileiro e, hoje, não financia mais de 42%-43%", adicionou.

A senadora criticou o questionamento de uma decisão do Congresso no Supremo Tribunal Federal (STF) e elogiou a iniciativa do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em conversar com o ministro do STF Luís Roberto Barroso, do STF, que concedeu a liminar suspendendo a regra do novo piso da enfermagem no domingo (4/9). No encontro, realizado nesta terça-feira, Pacheco propôs três fontes de recursos.

Memória curta

Simone Tebet ressaltou a importância de um reconhecimento da sociedade brasileira com a categoria, que se dedicou para salvar da pandemia da covid-19.  

“Não podemos ter memória curta, né? Se hoje, nós estamos vivos, foi graças à ciência, à vacina no braço, a essas pessoas que colocaram a sua vida à disposição. Quantos, enfermeiros, quantos técnicos de enfermagem perderam suas vidas para salvar as nossas?”, afirmou a senadora.

Mais cedo, a senadora participou de sabatina realizada pelo Correio Braziliense e a TV Brasília, onde ela defendeu um país mais democrático e inclusivo.

 

 

 

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