TEREZA CAMPELLO

Ex-ministra sobre Guedes e a fome: 'Negar não mudará a realidade'

Tereza Campello usou as redes sociais para criticar a afirmação do Ministro da Economia, Paulo Guedes, em relação aos dados de pessoas passando fome no Brasil

Vinícius Prates - Estado de Minas
postado em 22/09/2022 10:35 / atualizado em 22/09/2022 10:35
 (crédito: Reprodução/PT/Sergio Lima/AFP)
(crédito: Reprodução/PT/Sergio Lima/AFP)

A ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello (PT), criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o governo Jair Bolsonaro (PL), por negar a realidade da fome entre os brasileiros. Nessa quarta-feira (21/9), Guedes questionou dados sobre a insegurança alimentar no país ao afirmar que é impossível que o Brasil tenha 33 milhões de pessoas passando fome.

Em redes sociais, a ex-ministra disse que negar a realidade da fome no país não irá mudar a realidade e que colocar um "antolho", em referência ao acessório usado em animais para limitar a visão, não evitará que "se deparem nas ruas com a tragédia social".

"Guedes coordena o IBGE. Seria útil ter oferecido à sociedade e ao governo bases científicas que permitissem construir políticas públicas para enfrentar a fome e a Insegurança Alimentar. Não fez. Por isso a Rede Penssan foi a campo. Não cabe ao governo dar pitacos", criticou Campello.

Para ela, Guedes deveria ter ajudado a impedir o crescimento da fome no Brasil. Mas afirma que, em quatro anos, o ministro não aprendeu nada, só restando o "negacionismo".

"Deveria ter cumprido seu papel, e frente ao crescimento da tragédia social, ter orientado o IBGE a ir a campo com a aplicação da EBIA (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar). A última foi feita em 2017. Ao contrário, vem sucateando o IBGE", disparou.

"Em 4 anos não aprenderam nada, só resta o negacionismo. Destruíram a estratégia brasileira de enfrentamento à fome e pobreza e construíram um programa mal desenhado. Por isso a fome está de volta. Com Lula vamos tirar o Brasil, novamente, do MAPA da FOME e reconstruir o país", finalizou.

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