Eleições 2022

Bolsonaro defende compra de viagra; 'combate à disfunção é efeito colateral'

Presidente da República ganhou direito de resposta após Soraya Thronicke chamá-lo de corrupto e questionar Felipe D'Avila se há corrupção no governo Bolsonaro e citar caso de compra de remédios para disfunção erétil

Em direito de resposta após a candidata Soraya Thronicke mencioná-lo como corrupto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a compra de medicamentos para disfunção erétil, como viagra e cialis para as Forças Armadas. Durante o debate do SBT/CNN, que ocorre neste sábado (24/9), Bolsonaro ainda criticou as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União), ao dizer que ambas votaram contra o veto do orçamento secreto.

“As duas senadoras aqui presentes votaram contra o meu veto do Orçamento Secreto. A senadora Soraya fez uso de R$ 114 milhões do Orçamento Secreto. A verba é privativo do parlamento brasileiro, nós apenas executamos. Quem indica são deputados e senadores”, disse Bolsonaro.

“Soraya, senhora não me elegeu. Todo seu material de campanha (ao Senado em 2018) está escrito 'a candidata do Bolsonaro', a senhora é uma estelionatária. No tocante a viagra e cialis é medicamento cujo efeito colateral é combater a disfunção erétil", acrescentou o presidente sem conseguir concluir o comentário devido ao tempo de fala ter se esgotado. 

À época, o Exército Brasileiro justificou em nota que o tratamento com a substância Sildenafila são feitos para o tratamento de hipertensão pulmonar

“A respeito especificamente da Sildenafila, cabe esclarecer que o medicamento é utilizado no Exército para o tratamento de hipertensão pulmonar (elevação da pressão arterial nas artérias dos pulmões) em ambiente hospitalar. Assim, é previsto que os hospitais, principalmente aqueles que possuam Unidades de Terapia Intensiva / Unidade Coronariana, tenham atas de Sistema de Registro de Preços (SRP) com o referido medicamento, cujas quantidades são previstas para um ano (data de vigência de uma ata de medicamentos)”, justifica a nota. 

O pedido de resposta a Bolsonaro foi concedido após Soraya Thronicke chamá-lo de corrupto em pergunta a Felipe D’Avila, do Novo. A candidata do União pediu para D’Avila responder sobre a compra de viagra, orçamento secreto e outros casos suspeitos ocorridos durante o governo.

Soraya Thronicke - também em pedido de resposta - rebateu as acusações de Bolsonaro e afirmou publicar todas as emendas empenhadas pelo seu gabinete por meio de seu site.

Saiba Mais

Uma equipe formada por advogados e jornalistas do pool organizar do debate avalia pedidos de direito de resposta caso os candidatos se sintam atacados.