Atual governador de São Paulo e candidato derrotado à reeleição no estado, Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou nesta terça-feira (4/10) apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno. A declaração ocorreu após o encontro do chefe do Executivo com Garcia no Aeroporto de Guarulhos, na capital, onde combinaram agenda. O candidato ao governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputará o segundo turno contra Fernando Haddad (PT), também estava presente.
“Com muita honra, venho receber o presidente no aeroporto de Congonhas para declarar o meu apoio e o meu voto neste segundo turno ao presidente Bolsonaro. Durante toda a eleição do primeiro turno, eu disse que São Paulo é um estado desenvolvido, é um estado que dá oportunidade a todos, que ajuda a quem precisa porque o PT nunca governou nosso estado. E essa mesma avaliação eu faço para o Brasil: o que eu não quero para São Paulo, muito menos eu quero para Brasil”.
“Portanto, o meu apoio incondicional nesse segundo turno é para que Bolsonaro possa se reeleger e continuar comandando ao lado da população os destinos dessa nação.”
O apoio foi estendido a Tarcísio. “No estado de São Paulo, declaro meu apoio e meu voto incondicional para a candidatura do governador Tarcísio de Freitas porque enxergo também nele não só o bom trabalho para São Paulo, mas a condição de evitar que o PT ganhe a eleição aqui.”
Na capital, Lula ficou à frente de Bolsonaro no primeiro turno das eleições, com 47,50% do eleitorado paulistano contra 37,99% de Bolsonaro.
"O PSDB Nacional está reunido neste momento declarando neutralidade, liberando, portanto, os estados. Eu, como candidato a governador do partido, e, pessoalmente, como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio", completou.
Apoio bem-vindo, mas sem palanque
Tarcísio agradeceu o aceno. “De fato, o estado de São Paulo vai muito bem. A gestão PT, onde esteve se mostrou inadequada. Uma prova foi o que aconteceu na gestão do (Fernando) Haddad como prefeito. Não é isso que a gente quer para São Paulo ou para o Brasil. Não podemos dar passo para trás. É uma grande união de forças pelo estado São Paulo e pela prosperidade.”
Mais cedo, o candidato minimizou a possibilidade de subir no palanque com o atual líder do Palácio dos Bandeirantes, Garcia. “Eu preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles no palanque.”
Bolsonaro reiterou os agradecimentos. "Esse apoio do Rodrigo é muito bem-vindo. Agradeço muito a ele. Ele já tinha um amigo, agora terá um melhor amigo para propostas que ele possa sugerir ao governo. O Rodrigo, pela sua experiência, um jovem, trabalharemos juntos não só até o dia 30, mas durante o governo", disse, posando para foto com Garcia e Tarcísio.
“É para o Brasil. Nós temos agora duas opções apenas e, ao fazermos comparações, vemos claramente qual o futuro que espera nossa pátria levando-se em conta quem porventura venha assumir o governo no futuro. Nós temos certeza da nossa vitória pelo trabalho e pelos apoios que temos recebido.”
Apoio de peso
A 25 dias do segundo turno, Bolsonaro larga na frente com apoio de peso de governadores nos maiores colégios eleitorais. Ainda hoje, já declararam apoio ao chefe do Executivo o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador reeleito do Rio, Cláudio Castro (PL).
O senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União), também acenou a Bolsonaro no segundo turno, afirmando que Lula "não é uma opção eleitoral". Em contrapartida, em clima amistoso, o chefe do Executivo alegou que o desentendimento com o ex-juiz da Lava-Jato está "superado".
O presidente espera contar ainda com Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Ratinho Junior (PSD), do Paraná, e se colocou “à disposição” para conversar com ACM Neto, que disputa o segundo turno na Bahia contra Jerônimo Rodrigues (PT). “Estou à disposição. Se o ACM Neto quiser conversar comigo estou à disposição. O João Roma é meu candidato por lá, teve em torno de 10%. O candidato do PT quase ganhou no primeiro turno, eu estou à disposição do ACM Neto.”
Na capital paulista, no meio da tarde, o presidente participa da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus e à noite, da reunião de obreiros e pastores da Assembleia de Deus Madureira São Paulo.
Cobertura do Correio Braziliense
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