ELEIÇÕES 2022

Ministro da Justiça pede à PF investigação sobre institutos de pesquisa

Ministro disse que devem ser investigadas condutas que caracterizem práticas de crimes

Luana Patriolino
postado em 04/10/2022 19:18 / atualizado em 04/10/2022 23:40
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)

O ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitou que a Polícia Federal investigue a atuação dos institutos de pesquisa nas campanhas eleitorais. Por meio das redes sociais, o chefe da pasta disse, nesta terça-feira (4/10), que o pedido atende a uma representação que citou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados”.

“Acabo de encaminhar à #PF , pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no #MJSP , q apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados” por alguns institutos”, escreveu Torres, via Twitter.

Durante a campanha, as principais pesquisas eleitorais apontavam o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, como o vencedor da disputa à Presidência da República. Após 100% das das urnas apuradas, o petista alcançou 48,43% dos votos, e Jair Bolsonaro (PL), 43,20%. Os dois vão disputar o segundo turno no dia 30 de outubro.

A diferença tem causado críticas em aliados do presidente Bolsonaro. Nesta terça-feira, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, publicou um vídeo na internet pedindo que os eleitores do candidato à reeleição não respondam a pesquisas eleitorais sobre o segundo turno do pleito presidencial.

“Eu quero dizer ao povo brasileiro: não respondam mais nenhuma pesquisa desses institutos de pesquisa, nem do Datafolha e nem do Ipec, nesse segundo turno. Se eles erraram por 14, 22 e 17%, deixem eles errarem por 50, 60%. Deixem dar Lula 60, 50, 100% a zero. Não tem problema. A gente sabe que o que vale é o voto de vocês”, disse Faria.

Na segunda-feira (3/10), o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que vai apresentar um projeto de lei para criminalizar pesquisas que indiquem resultados diferentes das urnas. “Não tem cabimento uma pesquisa influenciando o eleitor porque, infelizmente, no Brasil, tem eleitor que não quer perder o voto”, disse o parlamentar.

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