ELEIÇÕES 2022

Aliança entre Lula e Simone Tebet está cada vez mais alinhada

O projeto da senadora consiste em implantar, em parceria com os estados, o ensino médio técnico, com período integral e conectividade

Taísa Medeiros
postado em 09/10/2022 03:00 / atualizado em 09/10/2022 15:52
 (crédito: Ricardo Stuckert/PT)
(crédito: Ricardo Stuckert/PT)

A aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a terceira colocada nas eleições, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), está cada vez mais alinhada. Ontem, ao escrever em seu Twitter sobre seus planos para a educação brasileira, Lula reiterou que vai englobar em seu governo, caso seja eleito, o projeto de ensino médio profissionalizante proposto pela parlamentar.

"Ontem (sexta-feira), a Simone Tebet apresentou um projeto de ensino médio profissionalizante. Nós vamos incorporar esse projeto. Eu sei o valor de ter uma profissão, fui o primeiro filho da minha mãe com diploma de curso técnico. Fui também o primeiro a ter uma televisão, um carro", escreveu o petista.

O projeto da senadora consiste em implantar, em parceria com os estados, o ensino médio técnico, com período integral e conectividade. Ao fim do período de estudos, o jovem poderá ter acesso a uma poupança de R$ 5 mil, "como incentivo para que os nossos jovens voltem à escola", defendeu Tebet.

Segundo Lula, a juventude brasileira está "sem perspectiva" e, por isso, a educação e a geração de emprego serão as estratégias adotadas. "Nós precisamos formar a nossa juventude, que está sem perspectiva de vida. E quero as universidades, os empresários, os trabalhadores participando desse debate. Para gerarmos empregos para nossa juventude", disse, ontem, na rede social.

Na sexta-feira, a senadora e o ex-presidente se encontraram e reforçaram que estarão juntos na campanha do segundo turno. A parlamentar disse que estará "onde a campanha precisar". Tebet declarou voto em Lula três dias após o fim do primeiro turno, no qual chegou à marca de 4,16% dos votos — quase 5 milhões de eleitores.

"Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele (Lula) o meu voto porque reconheço seu compromisso com a democracia e a constituição, o que desconheço no atual presidente", justificou em pronunciamento, na quarta.

Como condição, Tebet pediu que a campanha petista aderisse a cinco propostas de seu plano de governo. Para educação, a senadora propõe, ainda, ajudar municípios a zerar filas na educação infantil para crianças de três a cinco anos.

Tebet também pediu o compromisso do petista em zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS; resolver o problema do endividamento das famílias, em especial das que ganham até três salários mínimos mensais; sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções; além de garantir um ministério plural, com homens, mulheres e negros. Segundo Lula, as propostas da senadora são "completamente plausíveis".

 

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