Eleições 2022

Instituições assinam manifesto em apoio a Lula no segundo turno

Entre os institutos que assinam a carta, estão Ethos, Fórum do Amanhã, Movimento Ética e Democracia, Derrubando Muros, Prerrogativas e o Grupo Trabalho Amazônico (GTA), entre outros

Raphael Felice
postado em 21/10/2022 19:31 / atualizado em 21/10/2022 19:31
 (crédito: Reprodução/Youtube @Lula)
(crédito: Reprodução/Youtube @Lula)

Instituições de diferentes segmentos lançaram, nesta sexta-feira (21/10), um manifesto em conjunto pelo voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições, no próximo dia 30. Entre os institutos que assinam a carta, estão Ethos, Fórum do Amanhã, Movimento Ética e Democracia, Derrubando Muros, Prerrogativas e o Grupo Trabalho Amazônico (GTA), entre outros.

As organizações justificam que há um risco de colapso da democracia, caso Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito. O manifesto considera ainda que as eleições presidenciais no segundo turno são um plebiscito entre ditadura e democracia e destaca que pessoas de diferentes ideologias políticas, até mesmo no campo da direita, estão unidas para defender a democracia.

“Daqui a dez, trinta, cinquenta anos, os que ainda estivermos vivos poderemos contar com orgulho pros nossos filhos, netos e bisnetos: naquele domingo, 30 de outubro de 2022, eu estava do lado certo. Não era um lado homogêneo, o dos que votaram para salvar o país da catástrofe. Pelo contrário, éramos gente de todos os cantos do espectro político, mas que passamos por cima das nossas diferenças por concordarmos com alguns pontos inegociáveis. Que só poderíamos ter uma vida digna na democracia”, diz o manifesto.

O texto critica também a condução do governo Bolsonaro durante a pandemia e sugere que a gestão atual é negacionista com a ciência.

“Que, numa Terra redonda, a ciência é quem decide que remédio funciona e qual é charlatanice. Que quando centenas de milhares de brasileiros morrem, prestamos as nossas condolências e solidariedade, não os imitamos, às gargalhadas, morrendo por asfixia. Ao decidirmos votar em Lula e Alckmin naquele 30 de outubro não escolhemos uma chapa ou um partido político: participamos de um plebiscito entre a escuridão e a democracia”, diz a carta.

“O que muitos de nós não percebemos à época, no entanto, é que havia ali também uma chance grandiosa. A chance de, pela primeira vez desde a redemocratização, unirmos os melhores quadros do país no mesmo lado. Por décadas, PT e PSDB preferiram brigar. Eles mudaram como todos mudamos. Agora Lula está com Alckmin. Armínio Fraga e Emicida estão no mesmo barco. Boulos e Simone Tebet também. Quem já imaginou João Amoedo e Mano Brown declarando voto no mesmo candidato? Esse bando de gente tão diferente se uniu justamente para garantir o direito de continuar discordando”, complementa.

O manifesto: "Domingo a gente faz um país"

Daqui a dez, trinta, cinquenta anos, os que ainda estivermos vivos poderemos contar com orgulho pros nossos filhos, netos e bisnetos: naquele domingo, 30 de outubro de 2022, eu estava do lado certo.

Não era um lado homogêneo, o dos que votaram pra salvar o país da catástrofe. Pelo contrário, éramos gente de todos os cantos do espectro político, mas que passamos por cima das nossas diferenças por concordarmos com alguns pontos inegociáveis. Que só poderíamos ter uma vida digna na democracia. Que, numa Terra redonda, a ciência é quem decide que remédio funciona e qual é charlatanice. Que quando centenas de milhares de brasileiros morrem, prestamos as nossas condolências e solidariedade, não os imitamos, às gargalhadas, morrendo por asfixia. Ao decidirmos votar em Lula e Alckmin naquele 30 de outubro não escolhemos uma chapa ou um partido político: participamos de um plebiscito entre a escuridão e a democracia.

Naquele domingo tão perigoso havia a chance real de um sanguinário se reeleger. Havia a chance real de que, num segundo mandato, ele aparelhasse o STF, mudasse a constituição, silenciasse a mídia, expulsasse, prendesse, torturasse e matasse adversários, como acontece na Venezuela, em Cuba, na Arábia Saudita, na Hungria, no Irã, na Rússia.

O que muitos de nós não percebemos à época, no entanto, é que havia ali também uma chance grandiosa. A chance de, pela primeira vez desde a redemocratização, unirmos os melhores quadros do país no mesmo lado. Por décadas, PT e PSDB preferiram brigar. Eles mudaram como todos mudamos. Agora Lula está com Alckmin. Armínio Fraga e Emicida estão no mesmo barco. Boulos e Simone Tebet também. Quem já imaginou João Amoedo e Mano Brown declarando voto no mesmo candidato? Esse bando de gente tão diferente se uniu justamente para garantir o direito de continuar discordando.

Nos unimos por sermos conservadores: queríamos conservar a Amazônia. Queríamos conservar O SUS. Queríamos conservar as instituições e o estado de direito. Nos unimos porque éramos liberais. Acreditávamos que os brasileiros só seriam livres se tivessem, todos eles, pretos e brancos, ricos e pobres, educação de qualidade. Acreditávamos na liberdade de crença em todas as religiões. Acreditávamos que cada um deveria viver como quisesse, sem um Estado reacionário metendo o bedelho em assuntos privados. Nos unimos porque éramos revolucionários: acreditávamos que o Brasil não estava fadado ao fracasso, que ele podia muito mais do que aquela desgraça torpe que nos engolia, dia após dia.

Assinam o Manifesto até o momento

Roda Democrática
Fórum do Amanhã
Movimento Ética e Democracia
Direitos Já
Prerrogativas
Derrubando Muros
República do Amanhã
Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB),
Instituto de Estudos da Religião (ISER)
Iniciativa Fé no Clima
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Empresarial.
Aliança Nacional Lgbti+
Associação Brasileira de Famílias homotransAfetivas,
Rede Gaylatino
Grupo Dignidade Horario de mosmann crashaw
Ação Democrática Ampla - ADA
Escola Comum
LAUT – Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo
Cidadania
GTA - Grupo Trabalho Amazônico
Rede Brasileira de Conselhos -RBdC

Cobertura do Correio Braziliense

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