Lula volta a prometer retomada do programa 'Minha casa, minha vida'

Encerrado durante o governo Bolsonaro, o programa foi substituído pelo 'Casa Verde e Amarela'. Declaração de Lula foi feita durante live com o deputado Janones

Taísa Medeiros

postado em 21/10/2022 21:18 / atualizado em 21/10/2022 21:18

Lula e Janones em live nesta sexta-feira (21/10) - (crédito: Reprodução/Facebook)

Em live com o deputado federal André Janones (Avante-MG), membro da campanha lulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer a retomada do programa Minha casa, minha vida, criado em 2009 e descontinuado em 2020, quando o governo de Jair Bolsonaro (PL) criou o programa Casa verde e amarela. A live ocorreu na noite desta sexta-feira (21/10). A pauta central da transmissão foi a redução do salário mínimo e demais debates econômicos.

Segundo Janones, o governo atual tem “ódio dos pobres”. “O ódio que eles têm dos pobres fizeram eles acabarem com o Minha casa, minha vida”, disse. “Eu nunca vi ninguém que tenha Casa verde e amarela”, adicionou. Lula disse que o programa será retomado ainda em janeiro de 2023.

“É uma das coisas que nós vamos retomar rapidamente. Primeiro, porque nós já sabemos como faz. Eu lancei o Minha casa, minha vida em 2009. (...) Nós fizemos 4 milhões e 100 mil contratos de casas, entregamos 3 milhões de casas para o povo pobre. (...) Nós vamos retomar logo em janeiro, porque é um direito que está na Constituição, e quem tem que fazer casa é o governo”, defendeu.

Lula disse, ainda, que o programa foi descontinuado para tirar “toda a marca” do governo petista. “Não tem sentido eles acabarem com o Minha casa, minha vida. Sabe por que eles acabaram? Porque era para tirar toda a marca do meu governo”, observou. “Nós temos que cuidar do povo pobre desse país, do povo trabalhador. Quem ganha até 2 salários mínimos são as pessoas que têm que ter preferência nas nossas políticas sociais”.

O programa Casa verde e amarela, que substituiu o Minha casa, minha vida foi criado em 2020. A principal mudança do programa criado por Bolsonaro foi a retirada da menor faixa do antigo programa que não tinha juros e beneficiava famílias com renda de até R$ 1,8 mil. Famílias desta faixa começaram a ser atendidas pelo grupo 1 do Casa verde e amarela. As taxas de financiamento para a faixa são a partir de 4,25% para habitantes das regiões Norte e Nordeste e de 4,5% nas demais regiões.

Auxílio Brasil

Lula também aproveitou a transmissão para defender o programa Bolsa família, que também foi descontinuado pelo governo Bolsonaro. Sancionado em dezembro de 2021 pelo atual presidente, o Auxílio Brasil substituiu o programa após 18 anos da criação.

“Qual é a vantagem (do Bolsa família)? É que além do auxílio de R$ 600, você vai dar R$ 150 a mais para cada filho menor de seis anos de idade que a família tiver”, apontou Lula. “Todo mundo sabe que o Bolsonaro queria dar um auxílio de R$ 200. (...) Agora ele botou o de R$ 600 até dezembro. Quando eu disse que o Auxílio ia continuar só até as eleições ele correu pra dizer que ia manter. Mas na lei está até dezembro”, relembrou.

Lula ainda criticou o oponente e os membros do governo. “Eles acham que a gente gosta de viver de favor. Eles não sabem que o povo gosta de trabalhar. Ele (trabalhador) compra o que ele quiser! (...) O Bolsonaro faz 4 anos que não aumenta o salário mínimo, faz 4 anos que não aumenta a merenda escolar”, disse.

Como será no dia do segundo turno das eleições

Dia e horário de votação: o segundo turno será no domingo (30/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. A divulgação da apuração dos votos deve começar logo após o fechamento das urnas.

Onde votar: o eleitor pode conferir o local de votação no site do TSE. Ou por meio do aplicativo e-Título, acessando "onde votar".

Quem deve votar: todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos, são obrigados a votar no dia da votação. O voto é facultativo apenas para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.