Eleições

Divinópolis: lulistas acusam bolsonaristas de boicotar visita de Tebet

Agenda sofreu duas alterações entre ontem e hoje; deputada eleita diz que "empresários ricos" querem "silenciar vozes"

Amanda Quintiliano - Especial para o EM
postado em 27/10/2022 12:52
 (crédito:  Anderson Souza))
(crédito: Anderson Souza))

Com visita marcada para esta quinta-feira (27/10) em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, a agenda da senadora Simone Tebet (MDB) sofreu duas alterações de ontem para hoje. Os organizadores acusam opositores de se mobilizarem para “boicotar” o evento em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tebet, que terminou o primeiro turno das eleições presidenciais em terceira colocação, reforça o time de apoiadores do petista para capitalizar o voto dos mineiros. Segundo maior colégio eleitoral do país, os presidenciáveis têm ampliado a ofensiva no estado, considerado peça chave.

Tebet chegou a Divinópolis às 10h. Na agenda, inicialmente, estava programado um café em uma lanchonete, no centro da cidade, tradicionalmente conhecida como “parada” de candidatos. Em seguida, às 10h30, uma coletiva de imprensa e, depois, às 11h, uma reunião com apoiadores.

A coletiva e o encontro com apoiadores, incialmente, estavam marcados para ser em um hotel, também na região central. Entretanto, alegando problemas no ar-condicionado, foi cancelado. A agenda foi transferida para o auditório de uma faculdade, no bairro Manoel Valinhas.

Logo, na manhã de hoje, a organização confirmou nova alteração. “Pessoas de má fé se mobilizaram para boicotar o evento pela madrugada e os dois locais onde nos encontraríamos caíram da noite pro dia”, informaram os organizadores ao divulgarem o novo local.

Tanto a coletiva, como o encontro foram remanejados para o Hotel River, também no centro de Divinópolis. A faculdade, segundo a organização, afirmou que por ser uma empresa de capital aberto não autorizava eventos políticos.

“Boicote”

Uma das organizadoras, a vereadora e deputada estadual eleita Lohanna França (PV), classificou os cancelamentos como “mobilização bolsonarista”.

“É impressionante o medo que o poderio econômico tem de ouvir uma mulher que apoia o Lula falar. Uma mulher que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, que tem uma força política impressionante. Isso mostra que os empresários ricos, bolsonaristas de Divinópolis, querem silenciar essas vozes, fazer com que essas vozes não sejam ouvidas pelas pessoas. O povo de Divinópolis não é gado, o povo mineiro não é gado e o voto será Lula”, afirmou Lohanna.

Em Divinópolis, berço de Cleitinho Azevedo (PSC) - senador eleito com apoio do atual mandatário - o desafio dos “lulistas” é tentar reverter o resultado do primeiro turno. Na cidade polo do Centro-Oeste, o petista saiu em desvantagem no primeiro turno, com 42,31% dos votos. Bolsonaro alcançou 49,12% da votação.

BH

De Divinópolis, a senadora segue para Belo Horizonte, onde às 15h se encontra com o prefeito Fuad Noman, lideranças e apoiadores de Lula. Já a noite, às 19h, ela participará do encontro com o “Coletivo Mulheres com Lula”, lideranças e apoiadores.

*Amanda Quintiliano especial para o EM

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