BLOQUEIOS ILEGAIS

MPF pede tomada de depoimento de cúpula da PRF sobre conduta nas eleições

Serão ouvidos cinco diretores da corporação. No dia da votação, eleitores denunciaram operação da PRF sobre transporte dos eleitores

Luana Patriolino
postado em 11/11/2022 18:06 / atualizado em 11/11/2022 18:06
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a Polícia Federal tome depoimento dos integrantes da diretoria da Polícia Federal Rodoviária Federal (PRF) a respeito da conduta da corporação no segundo turno das eleições. A informação foi confirmada pelo Correio após ter sido antecipada pela GloboNews.

No domingo de eleição, moradores do Nordeste usaram as redes sociais para denunciar operações da PRF nas estradas da região. De acordo com eles, os agentes colocaram barricadas em vários pontos, atrasando a votação dos eleitores. Na mesma data, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu a corporação de realizar operações relacionadas ao transporte de eleitores.

Devem ser ouvidos

  • Silvinei Vasques — diretor-geral da PRF;
  • Djairlon Moura — diretor de Operações;
  • Luís Carlos Reischak Júnior — diretor de Inteligência;
  • Wendel Benevides Matos — Corregedor-geral e de Controle Interno;
  • Marcos Pereira — Gestão de Pessoas;
  • Wilmen Silva Vieira — Administração e Logística.

Investigação da PF

A Polícia Federal abriu um inquérito na quinta-feira (10/11) para investigar a atuação de Silvinei Vasques, diante das manifestações bolsonaristas que bloquearam as rodovias federais. Ele deve ser chamado para depor nos próximos dias. O objetivo é apurar se a corporação cometeu eventuais abusos desde o segundo turno da eleição.

O caso vai tramitar na Superintendência da PF no Distrito Federal. As informações colhidas pelas unidades da corporação de outros estados deverão ser enviadas para o inquérito na capital.

Além da conduta de Vasques no dia da votação, a PF vai investigar se ele teve uma conduta omissa em relação aos bloqueios de rodovias feitos por manifestantes bolsonaristas. Desde o resultado do pleito, parte da categoria dos caminhoneiros e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) — derrotado nas urnas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — passou a realizar protestos pelo país e fechar rodovias federais.

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