novo governo

Janja quer desempenhar 'papel de articulação com a sociedade' durante governo

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou a intenção de ser ativa durante o próximo governo

Correio Braziliense
postado em 14/11/2022 03:55
 (crédito: Sergio Lima / AFP)
(crédito: Sergio Lima / AFP)

A futura primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, a Janja, avalia a possibilidade de "ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama". Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou a intenção de ser ativa durante o próximo governo, com um "papel mais de articulação com a sociedade civil".

Durante a entrevista, veiculada na noite de ontem, Janja comentou os desafios da campanha e o relacionamento que teve com Lula enquanto o ex-presidente estava preso.

"Eu recebi a notícia do pedido de prisão quando eu estava voltando da Itaipu. Eu parei num estacionamento de uma farmácia e eu chorava muito, porque eu não acreditava", declarou a socióloga durante a entrevista.

Janja e Lula se conhecem desde a década de 1990, nos tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o país para discutir políticas públicas. Mas, o namoro só começou pouco antes da prisão do petista na Polícia Federal em Curitiba.

Segundo a futura primeira-dama, ela só virou amiga de Lula em 2017, em um jogo de futebol organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), do qual também participou o compositor Chico Buarque. "A gente sentou para almoçar, aí depois ele pediu meu telefone para alguém e foi isso. E a gente foi se aproximando", contou Janja.

Ela disse ainda, na entrevista deste domingo, que apesar das dificuldades aquele foi um período de "esperança e muito amor".

"Tem muitas cartas muito felizes e tem muitas cartas muito tristes, porque realmente teve momentos muito difíceis desses 580 dias", relata a socióloga. Lula e Janja casaram-se em maio, em uma cerimônia com amigos e familiares durante a pré-campanha do ex-presidente.

Na conversa com as jornalistas, a futura primeira-dama também se emocionou lembrando da morte da mãe por covid-19 e falou sobre a programação para a posse de Lula, em 1º de janeiro, a qual foi escalada pelo Gabinete de Transição para organizar. "Eu vou estar feliz e, com certeza, eu vou cantar."

Janja planeja uma posse pouco convencional, com o presidente eleito subindo a rampa do Palácio do Planalto ao lado de "Resistência", a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A socióloga pensa, também, em contar com pessoas comuns, sem cargos, para entregarem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Logo depois da entrevista, Janja recebeu uma ligação de Lula e brincou com as jornalistas. "Ele estava mais nervoso do que eu", disse.

Interlocução

Outro tema abordado na entrevista ao Fantástico foi sua participação durante a campanha, inclusive os episódios de articulação dos quais participou. Sobre a interlocução junto à senadora Simone Tebet (MDB-MS) para que atuasse junto a Lula no segundo turno, Janja destacou que não foi nada planejado para que ela fosse a articuladora e fez questão de destacar que já observava a campanha da candidata, a qual avaliou como "significativa do ponto de vista do olhar feminino".

Ela intermediou a primeira conversa, por telefone, entre Tebet e Lula. "As coisas acontecem muito no calor. Naquele momento a gente estava em casa. Falei: vamos ligar, vamos ligar, e falei com a senadora. Mas eu não tenho nenhum papel de articulação política. Pode até ter acontecido, mas não foi uma coisa planejada", explicou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.