Vice-presidente

Mourão diz ter 'quase certeza' que Bolsonaro passará faixa a Lula

Em conversa com jornalistas na tarde desta terça-feira (1°/11), o vice-presidente da República afirmou ainda que Bolsonaro reconheceu "implicitamente" a derrota em seu discurso

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), disse nesta terça-feira (1°/11) ter "quase certeza" que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar a faixa para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro. Mourão afirmou ainda que, em seu primeiro discurso após o pleito, Bolsonaro reconheceu "implicitamente" a derrota nas urnas.

"Vamos aguardar o momento. Ele pode determinar que eu faça. Ele pode dar outra determinação. Vamos aguardar. Mas eu tenho quase certeza que o presidente vai [passar a faixa]. O que ele falou hoje? Que cumprirá as tarefas dele como presidente e o que está previsto na Constituição. Não está previsto lá que ele entregue a faixa para o outro?", respondeu o vice-presidente.

Saiba Mais

Bolsonaro já falou publicamente que não pretende passar a faixa a Lula, e Mourão pode ser escalado para cumprir o rito em seu lugar. O mandatário se pronunciou apenas hoje, dois dias após o pleito, sobre o resultado das urnas, e não reconheceu explicitamente a derrota.

Questionado sobre a declaração de Bolsonaro, Mourão a classificou como "excelente", e disse que o presidente reconheceu a derrota "implicitamente". Quando ele agradece os votos, ele reconhece a vitória [de Lula]". O vice-presidente não foi convidado para o pronunciamento, que ocorreu no Alvorada, e assistiu o discurso em seu gabinete. Ele explicou sua ausência dizendo que o discurso foi do candidato Bolsonaro, e não do presidente da República.

Mourão também se manifestou sobre os bloqueios de rodovias por bolsonaristas, que pedem intervenção militar. "Você pode fazer protesto. Alinha o caminhão na beira da estrada, mas não bloqueia a estrada", disse. Questionado se o discurso de Bolsonaro pode ajudar a desmobilizar os bloqueios, Mourão respondeu: "acho que sim, acho que isso vai acontecer. A polícia também está agindo. Pediu apoio para a Força Nacional, para a Polícia Federal. Se por acaso alguns persistirem, necessitar de algumas outras medidas, elas serão tomadas. Mas vamos com calma".

Cobertura do Correio Braziliense


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