DECISÃO

Justiça decide que Cacique bolsonarista deve continuar preso

José Acácio Serere Xavante foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda. Prisão do bolsonarista deu início aos atos violentos em Brasília

Luana Patriolino
postado em 13/12/2022 21:24 / atualizado em 13/12/2022 21:24
 (crédito: Twitter/Reprodução)
(crédito: Twitter/Reprodução)

O cacique bolsonarista José Acácio Serere Xavante, preso na noite de segunda-feira (12/12) pela Polícia Federal, vai permanecer encarcerado, de acordo com a decisão da Justiça. Nesta terça-feira (13/12), foi realizada a audiência de custódia que determinou a manutenção da prisão do indígena. Ele foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda e deve ficar em uma cela isolada no Centro de Detenção Provisória (CDPII).

A prisão temporária, com prazo inicial de 10 dias, foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatando um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão apontou que ele fez parte do grupo que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília no último dia 2 de dezembro, além de participação e organização em outros atos antidemocráticos e ameaças a procuradores.

A detenção foi a razão pela qual os extremistas aterrorizaram a noite de Brasília nessa segunda-feira. Em uma sequência de atos violentos, foram incendiados carros, ônibus e até mesmo uma delegacia da área central da capital foi depredada. Os bolsonaristas chegaram a invadir a Polícia Federal para tentar libertar o indígena.

PF nega agressão

A PF negou a narrativa veiculada pelos grupos bolsonaristas de que teria agredido José Acácio Serere Xavante. Por meio de nota, a corporação afirmou que “o preso encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido”.

A corporação também disse que os “distúrbios verificados nas imediações do edifício-sede da PF estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF)”.

Nas redes sociais, os manifestantes alegaram que o cacique foi agredido pela polícia. Alguns outros apoiadores foram além e disseminaram também que o “filho de 10 anos dele foi sequestrado”. “Segundo relatos, que o índio teria sido agredido e levado desacordado pela polícia”, escreveu um perfil bolsonarista no Twitter.

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