Atos Antidemocráticos

Dino diz que GSI atuará na segurança da posse junto com as demais forças

Futuro ministro da Justiça também afirmou que José Múcio, nomeado por Lula como chefe da Defesa, está em contato com os futuros comandantes das Forças Armadas para desmobilização do acampamento em Brasília

Tainá Andrade
postado em 14/12/2022 18:50 / atualizado em 14/12/2022 20:17
 (crédito:  Valter Campanato / Agência Brasil)
(crédito: Valter Campanato / Agência Brasil)

Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino disse, nesta quarta-feira (14/12), que o diálogo com servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda é "incipiente", mas já está estabelecido para a organização da posse presidencial, em 1º de janeiro, em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Militar e o demais órgãos segurança do Distrito Federal.

"Temos, evidentemente, um debate estabelecido. Ainda incipiente, mas que vai se aprofundar, com a própria segurança presidencial organizada pelo GSI. Então, provavelmente, até o dia primeiro teremos a participação desses três sistemas concomitantemente, a Polícia Federal, a Polícia Militar e o demais órgãos segurança do DF e também o GSI participando na medida em que esse diálogos avançam", explicou.

Segundo ele, os atos de vandalismo que ocorreram na área central de Brasília, na última segunda-feira (12), após a prisão do cacique Tserere pela Polícia Federal (PF), foram um "imprevisto" e há plena confiança nas forças de segurança pública.

Prisões

De acordo com Dino, como não houve flagrante no dia do atentado, a polícia só poderá efetuar prisões — preventivas ou temporárias — por meio de inquéritos.

"Legalmente falando, as prisões em flagrante são um dever, mas, quando elas não acontecem no momento, já não podem ocorrer porque, como indica, só são viáveis no momento do flagrante. A partir do momento que não houve a prisão, o que deve e está sendo feito é a realização dos inquéritos policiais para que, eventualmente, se for o caso, haja pedido de prisão preventiva ou temporária", declarou Dino, em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).   

Atualização: A reportagem foi atualizada às 19h40 para corrigir informação de que o GSI ajudaria na investigação de atos de vandalismo no centro de Brasília, no dia 12 de dezembro. O GSI não participará desta investigação.

O futuro ministro revelou também que há um "andamento bastante significativo" no reconhecimento dos culpados e que, "se for necessária a realização de novas prisões", isso irá acontecer. O ex-governador do Maranhão ressaltou que os inquéritos existem e que novos podem ser abertos. 

Segurança na posse

Dino informou ainda que o futuro ministro da Defesa, José Múcio, tem conversado com os novos comandantes das Forças Armadas para melhorar o entendimento da segurança, principalmente para a posse

"Provavelmente até o dia 1º [de janeiro], teremos a participação desses três sistemas concomitantemente: a Polícia Federal, a Polícia Militar e o demais órgãos segurança do DF. Participando também, na medida em que esse diálogos avançam, o ministro Múcio, definindo os comandantes das forças, que já foram anunciados. É isso tudo que vai ajudar para que haja melhoria desse entendimento", explicou Dino. 

O recém-nomeado diretor da PF, Andrei Passos, por sua vez, está realizando a interlocução com o Governo do Distrito Federal para garantir a ordem pública no dia da posse. 

"Temos tido reuniões cotidianas. Vamos ter mais uma agora para que o delegado Andrei tenha a própria equipe para a segurança presidencial, no círculo mais próximo. Ele faz a interlocução com o Governo do Distrito Federal, a quem compete a garantia da ordem pública. E temos, evidentemente, um debate estabelecido. Ainda tem que aprofundar, mas é com a própria segurança presidencial organizada pelo GSI", indicou.

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