O discurso de despedida do Senado Federal, na tarde desta quarta-feira (21/12), do senador Jean Paul Prates (PT-RN) acabou tornando-se em manifesto de apoio de outros parlamentares ao nome do petista para o comando da Petrobras. Durante o discurso, ele foi interrompido por colegas senadores que o elogiaram e reforçaram o apoio do nome dele para a petroleira. Entre as falas, o petista Paulo Paim (RS) disse confiar que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve chamar Prates para comandar algum ministério ou a Petrobras.
Jorge Kajuru (Podemos-GO) disse ao final do seu discurso que "essa fala é com o patrocínio da Petrobras" e, anteriormente, já havia afirmado que ficaria bravo com o presidente Lula se ele não o chamasse para compor o futuro governo. Outro que fez coro foi Omar Aziz (PSD-AM), que ressaltou o profundo conhecimento de Prates sobre o setor de óleo e gás.
O nome do senador em final de mandato vem sendo cotado desde o início da transição para comandar a petroleira, mas um dos impedimentos apontados era a Lei das Estatais, que exigia uma quarentena de três anos para agentes políticos. No entanto, com essa parte suprimida na alteração realizada pelo Congresso na semana passada, o caminho de Prates para a estatal agora só depende de Lula.
Prates, que assumiu o mandato em 2018 com a eleição da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), nas últimas eleições voltou a concorrer como primeiro suplente do candidato derrotado ao Senado pelo estado, Carlos Eduardo Alves, do PDT, num esforço dos petistas em manter a aliança com partido. Sem tentar a reeleição ao Senado, o mandato de Prates encerra-se na mudança da legislatura, em 1º de fevereiro de 2023.
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