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Futuro ministro das Minas e Energia fará ação contra alta dos preços

Futuro ministro das Minas e Energia priorizará tema para evitar que fim da desoneração nos combustíveis impacte inflação

Vinicius Doria
postado em 30/12/2022 03:55
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O futuro ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou, ontem, que o aumento nos preços dos combustíveis — decorrentes do fim dos incentivos tributários concedidos pelo atual governo — será um dos temas mais urgentes para a equipe econômica que assume, no próximo domingo. Ele não antecipou medidas para amortecer o impacto da subida dos valores, estimado pelo atual ministro da pasta, Adolfo Sachsida, em R$ 0,69 para a gasolina, R$ 0,33 para o diesel e R$ 0,24 para o etanol.

"O ministro Sachsida fala pelo governo atual até o dia 31", disse Silveira, ao evitar comentar as estimativas do aumento. Mas criticou a política de desoneração dos combustíveis patrocinada pelo Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

"Sabemos dos danos que a isenção de tributos causou nos últimos anos e isso tem que ser tratado com muito cuidado pelo Executivo e pelo Legislativo. Nada está descartado. A partir do dia 1º, vamos conversar sobre a política de curto, médio e longo prazos para os combustíveis", disse Silveira, após ser anunciado para o comando do Ministério de Minas e Energia pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

O futuro ministro disse que, a partir de agora, passa a discutir a questão diretamente com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O foco será o reflexo dos aumentos na taxa de inflação. "Tenho visto um empenho muito grande do novo ministro da Fazenda nesse sentido, e passamos a participar dessa discussão com ele para que possamos evitar e minimizar qualquer impacto dos preços dos combustíveis na inflação", explicou.

Petrobras

Sobre o comando da Petrobras, Silveira comentou as especulações sobre a possível indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para assumir a presidência da empresa. Para ele, não há impedimentos legais para que o parlamentar assuma o posto.

"Caso seja oficializado pelo presidente, (Prates) não é abarcado pela atual legislação (Lei das Estatais). Ele não foi coordenador de campanha, não foi ordenador de despesa, não teria nenhum impedimento. Na interpretação de alguns juristas que ouvi, ele estaria apto, caso convidado pelo presidente, a assumir", destacou o futuro ministro, com a ressalva de que essa indicação também deverá passar pelo crivo do Conselho de Administração da petrolífera.

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