Congresso Nacional

Deputado bolsonarista quer suspender decreto de Lula sobre armas

Por meio de um decreto assinado logo após tomar posse como presidente, em 1º de janeiro, Lula suspendeu os registros de novas armas e também clubes de tiro e de CACs até que uma nova regulamentação seja anunciada

Agência Estado
postado em 03/01/2023 20:40 / atualizado em 03/01/2023 20:41
 (crédito: Elaine Menke/Câmara do Deputados)
(crédito: Elaine Menke/Câmara do Deputados)

O deputado bolsonarista Sanderson (PL-RS) apresentou um projeto de decreto legislativo para suspender a norma editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre armamento. A medida do petista revogou regras mais flexíveis de acesso a armas e munições que haviam sido implementadas no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora integrante da oposição, Sanderson afirmou que a decisão de Lula foi "revanchista" e "vingativa".

Por meio de um decreto assinado logo após tomar posse como presidente, em 1º de janeiro, Lula suspendeu os registros de novas armas e também clubes de tiro e de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) até que uma nova regulamentação seja anunciada. As medidas foram uma promessa de campanha do petista. "Não aceitaremos ações vingativas como é o decreto contra CACS e clubes de tiro, que, inclusive, movimentam milhares de empregos no Brasil", criticou Sanderson.

O deputado também disse que o presidente restringiu "de forma abusiva" a compra de armas e munições no País. "O decreto foi editado por Lula de forma flagrantemente revanchista, porque não tem nenhum estudo técnico, não houve discussão", disse o deputado. "Vamos trabalhar de forma incessante para evitar retrocessos", emendou.

Para que entre em vigor, um projeto de decreto legislativo precisa ser aprovado por maioria absoluta na Câmara (257 deputados) e no Senado (41 senadores). Antes de ir ao plenário, a matéria precisa passar em comissões temáticas, a não ser que seja aprovado um requerimento para tramitação em regime de urgência, que também exige maioria absoluta. O Congresso está atualmente em recesso e volta às atividades em fevereiro.

A aprovação do PDL dependeria também de acordo com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ao longo do mandato de Bolsonaro bloquearam a pauta armamentista no Congresso.

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