Marina prevê que Lula ganhará Nobel da Paz quando Brasil zerar desmatamento

Em discurso de posse, a ministra do Meio Ambiente anunciou a Secretaria Extraordinária de Combate ao Desmatamento

Pedro Grigori

postado em 04/01/2023 18:09 / atualizado em 04/01/2023 18:10

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta a nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a cerimônia de posse dos membros de seu gabinete, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 1º de janeiro de 2023. - (crédito: Sergio Lima / AFP)

Recém empossada, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou o combate ao desmatamento na gestão e profetizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhará o prêmio Nobel da Paz quando o Brasil zerar a taxa de desmatamento.

O discurso ocorreu em uma das posses ministeriais mais disputadas, que ocorreu nesta quarta-feira (4/01), no Palácio do Planalto. Na cerimônia, Marina anunciou a criação da Secretaria Extraordinária de Combate ao Desmatamento e Ordenamento Territorial e Fundiário.

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“A secretaria vai ser extraordinária porque, quando alcançarmos a meta estipulada ainda do governo Dilma e que o presidente Lula assumir com muita coragem e determinação, quando chegarmos ao desmatamento zero, não precisa mais ter a secretaria”, explicou Marina. “Então, esse secretário sabe que a taxa de sucesso dele será medida no dia em que o presidente Lula extinguir a secretaria”, disse a ministra.

“Então, todo governo vai trabalhar para que ele perca esse emprego, que não é dos mais fáceis. E o nosso presidente ganhe o prêmio Nobel da Paz”, completou.

Quem é Marina Silva

Marina Silva é uma historiadora e ambientalista brasileira, com longa trajetória em defesa do meio ambiente. Marina foi eleita deputada federal pelo partido Rede em São Paulo nas eleições de 2022.

A ministra concorreu à Presidência da República, por três vezes: em 2010, 2014 e 2018. Marina já afirmou, em diferentes ocasiões, que prezará pela política ambiental em sua gestão, com diálogo entre as diferentes pastas. "A política ambiental brasileira será uma política transversal. Em 2003 era do Ministérios do Meio Ambiente. Agora ela é do conjunto do governo", disse Marina no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). "Se não dermos conta de reduzir desmatamentos, a taxa de perda da biodiversidade, a gente não vai ter conseguido nada", disse, em coletiva de imprensa do GT do Meio Ambiente.

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