PESQUISA DE OPINIÃO

Pesquisa paga por Bolsonaro mostrou que brasileiros valorizam vacinação

O SUS foi citado como "muito organizado e comprometido em salvar vidas". Por outro lado, as lives realizadas semanalmente foram vistas de forma positiva por criar "uma comunicação direta com a população"

Correio Braziliense
postado em 17/01/2023 14:45
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

Uma pesquisa de opinião paga pelo Ministério das Comunicações do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apontou que os brasileiros valorizam o Sistema Único de Saúde (SUS) e a ciência. Os resultados foram concluídos um ano antes das eleições e foram realizadas com o objetivo de orientar a comunicação do governo no período eleitoral. O documento foi obtido pela Agência Pública por meio da Lei de Acesso a Informação. 

A pesquisa foi feita pela Cota Pesquisas de Mercado e Opinião Pública - a sétima maior fornecedora de campanha eleitoral do Bolsonaro - que recebeu quase R$ 4 milhões durante as eleições. Os principais itens apontados como orgulho do país durante a pandemia pelos entrevistados da pesquisa de opinião foram: povo brasileiro, diversidade, ciência, cultura, natureza rica e SUS.

Durante a gestão, o ex-presidente Bolsonaro (PL) fez diversas afirmações que contrariavam o conhecimento científico e desestimulava a vacinação, chegando até a relacionar as vacinas à aids. Em contrapartida, ele incentivou métodos não comprovados cientificamente, como imunidade de rebanho e cloroquina contra a covid-19.

Os entrevistados da pesquisa relataram preocupação durante a pandemia, citando ansiedade, depressão e medo de morrer quando foram questionados. Portanto, uma das conclusões do relatório após as entrevistas foi a de que o governo deveria “produzir campanhas sobre ansiedade, depressão e onde procurar ajuda”.

O SUS foi citado como "muito organizado e comprometido em salvar vidas" e "uma grata surpresa" pelos entrevistados na pesquisa. Outros aspectos que estiveram presentes nas entrevistas foram os questionamentos sobre os cortes na ciência, desemprego e aumento dos preços dos alimentos.

No entanto, as lives realizadas semanalmente pelo ex-presidente foram vistas de forma positiva por criar "uma comunicação direta com a população" e que as pessoas desejavam um contato que demonstrasse empatia e solidariedade na pandemia de covid-19.

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