Militares bolsonaristas

Lula ainda não sabe se sua segurança ficará com PF, GSI ou ainda outro modelo

"O presidente pediu que nós estudássemos modelos de segurança institucional que são feitos em outros países do mundo. Estamos analisando isso para ver o melhor formato", diz Rui Costa

Kelly Hekally - Especial para o Correio
postado em 17/01/2023 16:46 / atualizado em 17/01/2023 16:47
 (crédito:  Ingrid Soares/CB/DA Press)
(crédito: Ingrid Soares/CB/DA Press)

A responsabilidade da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda é uma incerteza dentro do governo federal. Desempenhada historicamente pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), composto por militares, mas atualmente realizada pela Polícia Federal (PF), a guarda presidencial pode passar a acontecer em outro modelo.

Questionado pelo Correio Braziliense nesta terça-feira (17/1), na saída do Ministério da Defesa, sobre se a atribuição continuaria com a PF até junho deste ano, prazo determinado por Lula ao assinar ato no início de seu terceiro mandato, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), afirmou que o tema está em análise e que Lula pediu para que fosse feito um levantamento sobre modelos de segurança presidencial a fim de retomar a discussão mais à frente.

O ministro não falou sobre data para a análise. “O presidente pediu que nós estudássemos modelos de segurança institucional que são feitos em outros países do mundo. Estamos analisando isso para ver o melhor formato, o mais moderno, o que seja mais perene para que a gente consolide e ele bata o martelo em qual modelo ele quer.”

Referindo-se a "modelo híbrido", Rui Costa descreveu as atividades da PF como “segurança mais direta e pessoal” de Lula e as do GSI como “a mais distante”. "Nós vamos apresentar um conceito, uma proposta para que ele tome a decisão do modelo que ele quer implementar."

Crise

Caso Lula consolide essa alteração, será um rompimento mais brusco do que o tomado por Dilma Rousseff (PT) em 2015, primeiro ano de seu segundo mandato como presidente da República, quando extinguiu o GSI com uma reforma ministerial. Michel Temer (MDB) retomou o gabinete, que ganhou mais visibilidade na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em razão da identificação entre nomes do GSI e Bolsonaro, há uma crise instalada na gestão Lula com relação à segurança presidencial. A crise foi potencializada com a suspeita inércia do GSI no 8 de janeiro, quando criminosos invadiram Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

Lula chegou a dizer, na semana passada, que a entrada por parte dos extremistas foi facilitada por efetivo das Forças Armadas. Na manhã desta terça-feira, 40 militares foram exonerados de suas atribuições no GSI, voltando assim para seus postos de origem.

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