Damares Alves se manifesta sobre crise sanitária do povo ianomâmi

"A desnutrição entre crianças indígenas é um dilema histórico e foi agravada pelo isolamento imposto pela pandemia", afirmou a senadora eleita em uma série de postagens nas redes sociais

Maryanna Aguiar — Especial para o Correio

postado em 22/01/2023 16:19 / atualizado em 22/01/2023 16:19

(crédito: SERGIO LIMA)

A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves (Republicanos) e senadora eleita pelo Distrito Federal, se pronunciou neste domingo (22/1) sobre a crise sanitária e social do povo  ianomâmi em Roraima — que já causou a morte de cerca de 570 crianças indígenas. Pelo Twitter, Damares fez uma série de postagens onde alegou que no governo de Jair Bolsonaro a política indigenista era executada em três ministérios: Educação, Saúde e Justiça.

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"Acompanhei com dor e a tristeza as imagens que estão sendo divulgadas sobre os ianomâmi. Minha luta pelos direitos e pela dignidade dos povos indígenas é o trabalho de uma vida. Mas diante de tantas mentiras espalhadas nos últimos dias, preciso esclarecer algumas coisas", disse a ex-ministra, explicando o trabalho do MMFDH era o de receber denúncias de violações de direitos dos indígenas e encaminhá-las às autoridades responsáveis. 

Damares também declarou que o MMFDH "esteve ‘in loco’ inúmeras vezes para levantar informações. No auge da pandemia distribuímos cestas básicas. Enviamos ofícios aos órgãos responsáveis para solicitar atuação e recebemos relatórios das equipes técnicas, as quais informaram as providências tomadas", além de explicar um plano que segundo ela, foi executado priorizando três áreas indígenas, sendo os ianomâmis uma das áreas: "SESAI e a FUNAI trabalharam muito no governo Bolsonaro, não houve omissão", afirmou. 

Damares ainda disse que "a mesma imprensa que hoje faz cobertura positiva da agenda presidencial fez críticas à época. Tenho a convicção de que mais do que posar para fotos e realizar belos discursos (feitos a quilômetros das aldeias), devemos enfrentar a raiz do problema", fazendo menção ao Governo de Lula, e finalizou dizendo que "invés de perdermos tempo nessa guerra de narrativas e revanchismo, proponho um pacto por todas as crianças do Brasil, de todas as etnias".

Acompanhei com dor e a tristeza as imagens que estão sendo divulgadas sobre os Yanomami. Minha luta pelos direitos e pela dignidade dos povos indígenas é o trabalho de uma vida. Mas diante de tantas mentiras espalhadas nos últimos dias, preciso esclarecer algumas coisas. (1/8)

— Damares Alves (@DamaresAlves) January 22, 2023

Assuntos mais comentados

Neste sábado (21/1), a ex ministra se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter ao ser questionada pelos internautas o que seu ministério teria feito para evitar a crise, e como a situação chegou ao atual cenário.