Congresso

Reforma tributária pode ser aprovada até o fim de 2023, diz líder do governo

Em reunião com José Guimarães e vice-líderes do governo na Câmara, presidente Lula afirmou que a reforma é uma das pautas prioritárias para o ano

Ingrid Soares
postado em 02/02/2023 12:55 / atualizado em 02/02/2023 13:01
 (crédito: Pablo Valadares/Agência Câmara)
(crédito: Pablo Valadares/Agência Câmara)

Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou nesta quinta-feira (2/2) esperar a aprovação da reforma tributária “ao menos” até o fim do ano. A declaração ocorreu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mais 13 vice-líderes da Casa, no Palácio do Planalto.

O parlamentar relatou que o chefe do Executivo não deu orientações sobre pautas específicas, mas destacou a pauta tributária. E ressaltou que o encontro teve por objetivo a aproximação e o diálogo permanente com o Executivo. “Ele falou que, dentre tantos assuntos importantes, tem a reforma tributária, que ele vai conversar, que ele vai dialogar.”

Questionado sobre a expectativa em relação ao tema da reforma, citou que os debates começarão a partir da próxima semana. “Está sob o comando do ministro Fernando Haddad. Eu conversei um pouco com os vices líderes, eles vão ajudar, tem especialistas aqui na área. Nós vamos começar a dialogar a partir de segunda-feira (6) sobre o conteúdo dela, sobre o que nós podemos fazer antecipadamente para termos uma reforma tributária robusta e que dê conta dos problemas”, emendou.

Perguntado ainda sobre uma previsão para a aprovação da matéria, relatou que “pelo menos até o fim do ano”. “Acho que dá pra aprovar, porque é muito importante”, destacou.

Além de Guimarães, estiveram presentes no encontro com Lula os deputados Pedro Paulo, Maria Arraes, Rubens Júnior, Bacelar Dep, Valdemar Oliveira, Manuel Pereira, Josenildo Santos, Renildo Calheiros, Alencar Sant’Ana, Damião Feliciano, Jonas Donizete e Igor Timo.

“Aperfeiçoamento do diálogo”

Em coletiva a jornalistas, Guimarães destacou ainda que Lula reforçou a importância de consolidar o diálogo institucional. “É a primeira reunião da liderança do governo com o colégio e vice-líderes. E vários partidos, são 15 vice-líderes, estamos aqui em 13, dois não puderam vir, por outros compromissos já anteriormente agendados. Primeiro lugar, viemos mostrar para o presidente a amplitude da base que nós queremos construir, estamos construindo na Câmara. Amplitude com todos os partidos”, disse.

“Segundo, aperfeiçoar o diálogo. O presidente sempre me disse que é fundamental consolidar o diálogo institucional, de respeito e de presença dele com o colégio da base e os vice-líderes, que é com quem eu vou trabalhar na liderança do governo.”

Casos Marcos do Val e Daniel Silveira

Questionado, o líder da Câmara negou que a prisão do deputado Daniel Silveira, ocorrida nesta quinta-feira de manhã, tenha sido pauta no encontro. “Não, não foi tratado e nem é o meu papel como líder de governo tratar desses assuntos. Vamos tratar dos temas que dizem respeito ao funcionamento da liderança do governo e das matérias que precisam ser votadas no Congresso.”

Sobre o caso do senador Marcos do Val, que denunciou hoje suposta coação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por golpe e anunciou renúncia ao mandato, Guimarães disse ter “tomado um susto”. “Eu, pessoalmente, não o governo. Não conversei sobre esse assunto (com Lula), mas é algo que esse processo (sobre) o que aconteceu no dia 8, esse processo todo, a Justiça está avaliando. Nós queremos que tudo o que ocorreu seja devidamente apurado e devidamente punido.”

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