Anielle anuncia cooperação entre Igualdade Racial e MDS no combate à fome

Acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, de Wellington Dias, prevê ações de promoção de equidade de raça e gênero; prioridade será para famílias chefiadas por mulheres negras

Ândrea Malcher

postado em 09/03/2023 13:30

(crédito: Divulgação/Assessoria do Ministério da Igualdade Racial)

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou nesta quinta-feira (9/3) um acordo de cooperação entre sua pasta e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social que tem como objetivo a construção de uma agenda de combate à fome e à pobreza. Durante visita ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Dodô da Portela, que se localiza na Pequena África, no Rio de Janeiro, a ministra destacou que as ações serão no âmbito do Pacto Nacional contra a Fome.

O foco da cooperação será na equidade de raça e gênero, por meio da inclusão socioeconômica, promoção da segurança alimentar e nutricional e ações de fortalecimento para os cadastros de grupos populacionais específicos e mais vulneráveis no CadÚnico.

• Com menor disponibilidade de serviços, acesso à saúde é desafio para negros
• É necessário e urgente dar um basta nas ocorrências de feminicídio
  

“Não iremos descansar até que nenhuma mulher negra ou uma família negra passe mais fome. A insegurança alimentar é uma realidade que se agravou muito na última gestão, especialmente para famílias negras, que são chefiadas por mulheres”, afirmou Anielle. “Por isso, iremos atuar junto com o MDS e o ministro Wellington, para que haja cadastramento de famílias no CadÚnico, prioritariamente negras e mulheres, para que elas acessem oportunidades. Cessar a fome é o primeiro passo para garantir o acesso a outros direitos.”

No mês passado, Anielle se reuniu com Wellington Dias para debater estratégias para socorrer populações famintas no país. A atualização do CadÚnico foi apontada na ocasião como o caminho para buscar pessoas que possam não estar contempladas com o benefício. “É muito possível que façamos uma atualização do CadÚnico e podemos trabalhar em uma busca ativa para que as pessoas que mais precisam, como mulheres negras, quilombolas, indígenas e outras populações estejam adequadamente inseridas no CadÚnico”, disse Dias à época.

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