CÂMARA DOS DEPUTADOS

Artistas protestam contra cargo de Mario Frias na Comissão de Cultura

Na gestão de Bolsonaro, a cultura perdeu status de ministério e ficou como Secretaria Especial. Mario Frias esteve como chefe da pasta de junho de 2020 a março de 2022

Correio Braziliense
postado em 03/04/2023 11:39
 (crédito: Roberto Castro/ Mtur)
(crédito: Roberto Castro/ Mtur)

O deputado federal Mario Frias (PL-RJ) foi eleito 3º vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. A ocupação do cargo pelo ator e ex-secretário especial de Cultura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não agradou artistas. Entre as que se posicionaram contra estão Samantha Schmutz, Claudia Alencar e Elizabeth Savala.

"Mario Frias nunca mais! Não podemos aceitar que o Deputado Mario Frias, representante da extrema-direita e inimigo da cultura, seja vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. É um desrespeito, um ataque à classe artística, que foi duramente ameaçada, perseguida e ofendida durante todo o tempo em que esse senhor esteve à frente da então Secretaria Especial da Cultura", diz o texto da imagem compartilhada pela atriz Samantha Schmutz no Instagram.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também criticou a eleição do ator para o cargo. "É um desrespeito à cultura brasileira o nome de Mario Frias para uma das vice-presidências da Comissão de Cultura, espaço democrático e de construção de políticas públicas. Inaceitável estar entre aqueles que vão conduzir os trabalhos da mesa quem se dedicou ao retrocesso do setor", disse a parlamentar no Twitter.

Mario Frias rebateu as críticas dos artistas. "A elite artística pedante está irritadíssima com minha participação na Comissão de Cultura da Câmara. Estavam acostumados a manter aquela comissão com os vassalos da extrema-esquerda, os parceiros que alimentavam a máquina pública que financia essa mesma elite artística corrupta e arrogante. ão estou ali para representar vocês, mas sim o povo honesto e trabalhador que me elegeu", afirmou.

Na gestão de Bolsonaro, a cultura perdeu status de ministério e ficou como Secretaria Especial. Mario Frias esteve no posto de junho de 2020 a março de 2022, e seu mandato não foi bem recebido pela classe artística, pois foi marcado por críticas à Lei Rouanet e ataques a artistas como Paulo Gustavo, que morreu em maio de 2021 em decorrência da covid-19.

 

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