Congresso Nacional

Governo terá relatoria e presidência da CPMI do 8/1, garante Lindbergh

Vice-líder do governo no Congresso afirma que base terá maioria na comissão e avalia "tiro no pé" da oposição

Raphael Felice
postado em 20/04/2023 17:51 / atualizado em 20/04/2023 17:52
 (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)
(crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

Vice-líder do governo no Congresso Nacional, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (20/4), que o governo conseguirá a presidência e a vice-presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos do dia 8 de janeiro. Lindbergh também disse que a oposição dará um tiro no pé com a formação da CPMI.

Segundo Lindbergh, as configurações de blocos e lideranças partidárias na Câmara e no Senado farão com que a base governista consiga maioria.

“Há uma maioria do governo. O presidente e também o relator vão ser do governo. De 16 senadores pelo menos 11 vão fazer parte desse bloco governista. Na Câmara vamos ter uma maioria de 9 ou 10 deputados”, disse.

Durante a entrevista no Salão Verde, o deputado petista ainda afirmou que o governo montará um grupo experimentado de parlamentares, mas que os escolhidos vão trabalhar exclusivamente na CPMI para que o governo não paralise pautas de importância, como o arcabouço fiscal, que chegou ao Congresso na última terça (18), medidas provisórias e a Reforma Tributária.

“Nós não podemos parar o governo. Vamos selecionar a dedo quadros para ficar exclusivamente para isso. Essa história vai ser um tiro no pé. Pode até servir para o pessoal deles nas redes sociais”, disse.

No Senado, integrantes da CPI da Pandemia como Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) já manifestaram o desejo de participar da CPMI do 8 de Janeiro.

Outro que afirmou que deseja compor a comissão é o deputado Cid Gomes (PDT-CE). Na Casa Alta a situação do governo é mais cômoda. As lideranças dos blocos na Casa podem favorecer ao governo. Partidos como PSD, PT, MDB e União Brasil, por exemplo, devem ter um ou mais indicados e os indicados serão aliados do governo.

Já na Câmara, apesar da situação ser mais complicada, Lindbergh afirma que as formações suprapartidárias formadas recentemente, a do blocão MDB, PSD, Republicanos, PODE, PSC e do superbloco PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e a federação Cidadania-PSDB. Atualmente, o líder do blocão é Fábio Macedo (Podemos-MA) e o do superbloco é Felipe Carreras (PSB-PE).

Na avaliação de Lindbergh, como as indicações são feitas pelos líderes — respeitando também a proporcionalidade partidária dentro dos blocos —, a tendência é que o governo consiga também a maioria de deputados, principalmente pelo fato de Carreras liderar o maior bloco da Casa.

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