Economia

Empresários espanhóis cobram reforma tributária no Brasil

Investidores reconhecem as potencialidades da economia brasileira, mas reclamam do emaranhado de impostos, que torna o ambiente de negócios pouco amigável ao setor produtivo

Vicente Nunes - Correspondente
postado em 25/04/2023 17:30
 (crédito:  Ricardo Stuckert/ Presidência da República)
(crédito: Ricardo Stuckert/ Presidência da República)

Madri — Empresários espanhóis reunidos nesta terça-feira (25/4) em um evento promovido pelo governo brasileiro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reconheceram as potencialidades econômicas do Brasil, mas defenderam ser importante avançar em pontos estratégicos, como a reforma tributária, para tornar o ambiente de negócios mais amistoso. A perspectiva é de que o Congresso Nacional aprove ainda neste ano um sistema menos complexo e mais justo.

“A reforma tributária é muito importante", disse o CEO da Iberdrola Espanha, Mario Ruiz-Tagle. “A reforma é fundamental para as empresas”, endossou Eduardo Navarro, diretor de Estratégia e Assuntos Corporativos da Telefônica.

Para tentar convencer os donos do dinheiro — os espanhóis são o segundo grupo que mais investe no Brasil, com estoque de US$ 63 bilhões —, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Márcio Elias Rosa, assegurou que o governo está empenhado não só em levar a reforma tributária adiante, como aprovar, o mais rapidamente possível, o novo arcabouço fiscal, um reforço, segundo ele, à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que deu um freio na gastança sem controle do dinheiro público. “Teremos boas notícias nessas áreas”, afirmou o secretário.

Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), Jorge Viana assinalou que um país como o Brasil não pode impor tantas dificuldades para se abrir ou fechar uma empresa e para se pagar impostos. Ela acredita que as condições atuais são muito favoráveis para a aprovação da reforma tributária tanto na Câmara quanto no Senado, pois há um consenso entre setor produtivo, governo e entes federados. “Não dá para seguir da forma como está. Todos estão perdendo. Se a reforma for feita, todos vão perder menos e, no médio e longo prazo, certamente, todos ganharão”, assinalou. “Sem uma reforma tributária, o Brasil não avança. Nós estamos vivendo crises que são impositivas para que os países se preparem para enfrentá-las.”

 

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