Investigação

Saiba o que está em jogo em depoimento de Bolsonaro à PF

Ex-presidente depõe hoje na Polícia Federal, em Brasília, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro

Correio Braziliense
postado em 26/04/2023 10:25 / atualizado em 26/04/2023 10:44
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depõe nesta quarta-feira (26/4) na sede da Polícia Federal, em Brasília. O depoimento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), 
atendendo a uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou incitação por parte de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro. 

A intimação de Bolsonaro ocorreu por ele ter compartilhado nas redes sociais, em 10 de janeiro, um vídeo com ataques à segurança das urnas eletrônicas. O vídeo foi apagado logo em seguida. Devido ao post, a PGR disse que Bolsonaro infringiu o artigo 286 do Código Penal, que prevê pena de detenção de 3 a 6 meses de prisão para quem incitar, publicamente, a prática de crime. De acordo com os investigadores, a publicação é um indício de que Bolsonaro pode ter incentivado os ataques de 8 de janeiro. 

Além do post, outro ponto de interesse dos investigadores é a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, que ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do DF no dia 8 de janeiro. Torres está preso em Brasília e iria depor essa semana também, mas teve a oitiva adiada devido a alegação da defesa de que o quadro de saúde ele piorou.

Além do inquérito, Bolsonaro também responde a ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter questionado a segurança das urnas eletrônicas. 

Joias 

Bolsonaro também já prestou depoimento na PF este mês sobre o caso das joias sauditas. O inquérito apura se houve crime na tentativa de trazer as joias para o Brasil. Bolsonaro disse que só ficou sabendo da existência das joias depois que elas chegaram ao Brasil.

CPMI

Nesta quarta-feira (26) também deve ser lido em sessão no Congresso o requerimento de instalação da CPMI dos Atos Antidemocráticos. A CPMI contará com a participação de 15 deputados, 15 senadores e igual número de suplentes, que terão 180 dias para concluírem as investigações. Enquanto o líder do PL, senador Carlos Portinho (RJ), avalia que as imagens do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, apontam um envolvimento do Palácio do Planalto nos ataques à sede dos Três Poderes, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diz que as investigações vão chegar aos organizadores e financiadores da tentativa de golpe, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro

 

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